Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 01 de Dezembro de 2007 às 20:21

    Imprimir


Caracas, 1 dez (EFE).- O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse hoje que não quer "agravar a situação" com a Espanha embora continue à espera de desculpas do Rei Juan Carlos, ao mesmo tempo em que declarou que, se "a direita espanhola voltar ao Governo", a relação entre os dois países acabaria.

Em entrevista coletiva este sábado, Chávez manifestou que "é possível que haja um contato nos próximos dias" ao se referir às diferenças desencadeadas depois que o rei da Espanha mandou que ele se calasse durante uma reunião da Cúpula Ibero-Americana em Santiago do Chile.

O presidente venezuelano continuou insistindo que espera desculpas do rei espanhol, embora tenha dito que o monarca havia "enviado uma mensagem" e que espera que a suposta reflexão do soberano se torne pública.

Chávez disse que não deve revelar que mensagem é essa e acrescentou: "Esperemos para ver. Tomara que continue refletindo. O Natal pode ser uma boa ocasião para que reconheça o erro, o que o enobreceria".

"E que viremos a página", ressaltou o presidente, acusado pela oposição venezuelana de querer desviar a atenção do referendo deste domingo com polêmicas externas, como as que surgiram recentemente com a Colômbia e com a Espanha.

Chávez disse ontem que, se o Rei não apresentar desculpas por tê-lo "agredido" no Chile, começará "a pensar em ações".

Em discurso inflamado, o presidente venezuelano falou que se isso (as desculpas) não acontecer, então ele não quer ter nada com o Governo da Espanha.

"Não me custa nada recuperar os bancos (espanhóis), nacionalizá-los e colocá-los a serviço do povo", afirmou Chávez, que no domingo passado falou em congelar as relações com Madri.

"Espero que as agressões da Espanha contra a Venezuela cessem", ressaltou Chávez, que as atribuiu à imprensa e à direita.

Para o presidente, a direita espanhola "quer usar a Venezuela como tema interno, como um brinquedo para buscar votos porque não têm discurso".

"Se a direita ganhar outra vez, que os espanhóis se esqueçam" de suas empresas, falou Chávez, citando um banco (sem identificá-lo) e a petrolífera Repsol.

O presidente disse que quer ajudar, mas que os investimentos espanhóis não fazem falta. "Queremos conservá-los, só pedimos respeito", acrescentou.




Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/196025/visualizar/