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Internacional
Sexta - 30 de Novembro de 2007 às 22:36

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São Paulo, 30 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, assegurou hoje, em São Paulo, que o Tratado de Livre-Comércio (TLC) entre o Mercosul e Israel será assinado durante a Cúpula Semestral do bloco, prevista para os dias 17 e 18 de dezembro, em Montevidéu.

O ministro desmentiu nesta sexta-feira informações surgidas na cidade suíça de Genebra que deram na quinta-feira como fracassadas as negociações entre Israel e o bloco integrado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, possivelmente, a Venezuela.

"As negociações já foram encerradas, mas sempre há aspectos imprevisíveis. Estou quase seguro de que vamos assiná-lo (o TLC) em Montevidéu, na próxima reunião presidencial do Mercosul, e remetê-lo aos respectivos congressos para sua aprovação", apontou.

As exportações israelenses aos quatro países do Mercosul e a Venezuela somaram US$ 597 milhões em 2006, enquanto as importações do bloco sul-americano subiram para US$ 430 milhões.

O Brasil é destino de 77% das vendas israelenses aos membros do Mercosul, recebe dele 47% das importações de todo o bloco, e é seguido na balança comercial, com grande distanciamento, por Argentina, Uruguai e Paraguai.

Amorim destacou que, em caso de concretização, o TLC com Israel será o "primeiro extra-regional" do Mercosul, que tem outros "acordos de preferências" com países e blocos.

O chefe da diplomacia brasileira antecipou que outro acordo "extra-regional" será assinado no primeiro semestre de 2008 entre o Mercosul e o Conselho de Cooperação do Golfo (Arábia Saudita, Barein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Catar e Omã).

Apesar de a prioridade do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva ser a integração sul-americana, Amorim destacou a aproximação com o México e antecipou que o governante desse país, Felipe Calderón, realizará uma visita oficial no final de julho.

No plano político regional, Amorim destacou a "estabilidade e o clima tranqüilo" no Governo interino de Raúl Castro em Cuba, desde que assumiu o poder pela doença de seu irmão Fidel, e a chegada à Presidência da Argentina de Cristina Fernández de Kirchner.

"Ela enfrenta as situações com lucidez e está muito interessada na integração sul-americana. Acho que com ela vai haver uma continuidade e uma intensificação do integracionismo", opinou.

Ainda no plano sul-americano, Amorim se referiu à Junta Sul-Americana de Defesa. "Estamos trabalhando nessa idéia e embora exista medo psicológico, compreensível mas sem fundamento, a América do Sul tem recursos valiosos e é normal que queira estar preparada para defendê-los independentemente de existir ou não uma ameaça".




Fonte: EFE

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