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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 30 de Novembro de 2007 às 19:55

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O Governo federal premiou nesta sexta-feira (30), após a realização de concurso nos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), a máquina "dispensadora" de camisinhas escolhida para ser implantada em escolas públicas do país. Inicialmente, as máquinas serão colocadas somente nos colégios que fazem parte do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), presente em cerca de 1,5 mil escolas de 400 municípios brasileiros.

"Isso não quer dizer que todas as escolas do país vão ter uma máquina de preservativos sem uma discussão prévia. Faremos, de início, uma produção em menor escala [da máquina] para teste piloto. Depois queremos fechar parcerias para ter uma produção industrial até o fim do próximo ano que vai para todas as escolas que queiram implantar esse projeto", explicou a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariangela Simão.

A idéia, que conta com o apoio de agências das Nações Unidas como a Unesco e a Unicef, faz parte dos eventos do dia mundial de combate à Aids, que acontece em 1o. de dezembro. "A Aids trouxe a discussão da sexualidade para o público. Hoje, faz parte da nossa vida. O combate à Aids, e à outras doenças sexualmente transmissíveis, tem que estar no contexto de promoção e preservação da Saúde", disse Mariangela Simão.

Máquina de camisinha

O projeto vencedor escolhido pelo governo federal para a máquina de camisinha foi desenvolvido no Cefet de Santa Catarina. Najara dos Anjos, representante do grupo vencedor, afirmou que os estudantes terão de colocar o número de sua matrícula para ter acesso aos preservativos.

"Não foi definido ainda quantas camisinhas vão poder retirar por mês. Mas vai ter uma cota. A gente não sabe quantas camisinhas o governo vai poder disponibilizar", disse Najara. Na visão da estudante, a questão da sexualidade nas escolas públicas é importante. "A prevenção é a menina dos olhos do governo", disse ela.

Pesquisa

Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 135 escolas públicas de 33 municípios do país, com jovens de 13 a 24 anos, representando 102 mil alunos, identificou que 89,5% dos estudantes ouvidos consideram a disponibilização de preservativos nas escolas como sendo uma "idéia legal". O Ministério informa ainda que 65% dos pais ouvidos também aprovaram a iniciativa.

Ainda de acordo com o governo, "apenas" 5,1% dos alunos, 6,7% dos professores e 12% dos pais pesquisados acham que essa não é a função da escola. A pesquisa identificou ainda que 47% dos estudantes pesquisados já têm vida sexual ativa. Segundo o levantamento, 9,7% dos alunos disseram não ter dinheiro para comprar camisinha.




Fonte: G1

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