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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 29 de Novembro de 2007 às 10:48

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O setor de comércio, englobando os sub-setores reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos, respondeu pelas maiores taxas de abertura (53,1%) e fechamento de empresas (56%) em 2005 no país, de acordo com a pesquisa Demografia das Empresas, divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram criadas no setor 420,2 mil companhias e extintas 304,5 mil.

“O comércio concentra a maior participação das empresas criadas e extintas”, confirmou à Agência Brasil a técnica da gerência do Cadastro Central de Empresas do IBGE, Kátia Carvalho.

Em seguida aparecem as atividades imobiliárias, com aluguéis e serviços prestados às empresas, que concentraram 13,9% das entradas e 11,6% das saídas do mercado. A indústria de transformação teve taxas próximas de 9% tanto na criação quanto na extinção de empresas, enquanto alojamento e alimentação responderam por cerca de 8% da abertura e fechamento de companhias em 2005. As menores taxas, equivalentes a 0,1%, foram encontradas no setor econômico da pesca.

A gerente do IBGE destacou que o número de pessoas ocupadas no país é afetado diretamente pelos movimentos de entrada e saída das empresas no mercado. “Você tem uma correspondência das pessoas ocupadas. Quando há o surgimento ou a destruição de uma empresa, os movimentos acompanham. Postos de trabalho são criados ou destruídos em decorrência dessa entrada e saída das empresas no mercado”, informou a analista da pesquisa.

Nas empresas de menor porte, com até quatro anos no mercado, por exemplo, a criação de empresas envolveu 15,7% do pessoal ocupado total. Já o fechamento de empresas nessa faixa de pessoal afetou 11,1% do total ocupado.

Por regiões, o documento do IBGE revela que as taxas mais elevadas de entrada e saída de empresas do mercado foram identificadas no Norte brasileiro, respectivamente, 23,9% e 16,9%. Seguem-se as regiões Centro-Oeste e Nordeste, com taxas de 18,9% e 13,4% e 18,9% e 13%, respectivamente.

As menores taxas de abertura e fechamento de empresas foram registradas no Sul (15% e 10,4%) e no Sudeste (15,4 e 10,7%). Segundo o IBGE, embora o Norte tenha apresentado a maior taxa de abertura de empresas em 2005, "relativamente o número de empresas criadas foi menor do que nas regiões Sul/Sudeste”, frisou a analista da pesquisa.

“A taxa leva em consideração as empresas criadas e o estoque de empresas existentes no ano anterior. Esses números, em termos absolutos, podem ser pequenos e dar uma taxa grande. Em contrapartida, Sul/Sudeste têm números altos tanto de entrada como de saída, mas têm um estoque muito alto também. E isso pode acabar gerando taxas menores, como aconteceu em 2005”, esclareceu.

A pesquisa mostra, também, que entre as unidades da Federação, as maiores taxas de abertura e extinção de companhias no ano de 2005 estão localizadas nos estados do Amapá, Amazonas, Roraima e Acre. O destaque nacional em termos de taxa de criação de empresas foi o Amapá (30%), com 2,20 mil novas companhias, o mesmo ocorrendo em relação à maior taxa de fechamento (19,9%).

O ranking dos estados que mais criaram empresas no país naquele ano foi liderado por São Paulo (252,9 mil), seguido de Minas Gerais (82,87 mil) e Rio Grande do Sul (76,08 mil). As taxas de entrada no mercado, entretanto, foram as mais baixas do Brasil (15,8%, 14% e 14%, respectivamente).





Fonte: ABr

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