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Economia
Quarta - 28 de Novembro de 2007 às 14:05

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O economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) alertou que a economia mundial pode estar diante de uma "tempestade perfeita", que provocaria contração no comércio internacional.

A expressão se refere à ocorrência simultânea de eventos que, individualmente, seriam muito menos poderosos do que sua combinação.

Em entrevista à BBC, Simon Johnson disse que o FMI espera uma redução na previsão de crescimento econômico tanto dos Estados Unidos quanto da Europa.

Johnson reconheceu que em setembro passado havia sinais de que a crise no mercado de hipotecas de alto-risco nos Estados Unidos iria se resolver por conta própria.

Mas, em vez disso, a economia mundial agora enfrenta uma nova crise, e, segundo ele, os governos poderão fazer pouco para combatê-la se a alta do preço do petróleo e o risco de inflação os impedir de cortar as taxas de juros.

Combinação

Segundo Johnson, o perigo é a combinação da crise financeira com a crise do petróleo, similar à dos anos 70.

"Se essas duas coisas se juntarem, a gente vai ter uma contração do comércio internacional como a do século 19, à qual ninguém estará imune. Não há nenhum país que tenha reservas suficientes para resistir a este tipo de choque."

Para Johnson, todas as previsões de crescimento da economia americana são muito otimistas.

Ele diz que o que começou como uma crise financeira para os bancos poderá, em breve, afetar a quantia que eles emprestam e prejudicar a atividade econômica em todo o mundo.

Seria possível prever qualquer um dos problemas atuais separadamente, disse Johnson, mas não todos ao mesmo tempo.





Fonte: BBC Brasil

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