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Cidades/Geral
Terça - 27 de Novembro de 2007 às 23:47

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No processo de construção por um mundo melhor, investindo na formação do cidadão nas escolas públicas do estado, o programa Agrinho, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-AR/MT) chega ao final da quarta edição com um resultado extremamente satisfatório. As escolas dos 102 municípios envolvidos no programa em 2007 encaminharam trabalhos concorrendo aos prêmios. Os vinte e um alunos e professores premiados, em quatro categorias, de 15 municípios, foram divulgados nesta, segunda-feira (26.11), por ordem alfabética. O nome dos primeiros colocados só será revelado pela organização no dia da entrega dos prêmios, em 14 de dezembro, no Cenarium Rural, o centro de eventos do Senar-AR/MT.

Como reflexo do sucesso do programa estão a qualidade a cada dia melhor dos trabalhos e o amplo engajamento da comunidade nos municípios. “A partir do momento em que as pessoas conhecem a seriedade do nosso trabalho, tem uma produção de mais qualidade, investimos em prêmios melhores e a participação também é ampliada”, afirmou o superintendente do Senar-AR/MT, Antonio Carlos Carvalho de Sousa. A meta para 2008 já foi estabelecida pela presidência do Senar: chegar aos 141 municípios de Mato Grosso. Para tanto, a entidade já está em busca de parceiros para esta empreitada. “Precisamos de uma boa logística para manter a qualidade do programa. O investimento é alto para financiar as viagens e todo o trabalho operacional de contato com as escolas, inclusive na área rural, em cada cidade” explica Antonio Carlos.

PARTICIPAÇÃO- O município de Nova Mutum é um dos destaques com três escolas do Ensino Fundamental e uma creche classificadas, em seguida, estão Chapada dos Guimarães e Sorriso, com duas escolas selecionadas em cada cidade. Os municípios de Campinápolis, Campo Novo do Parecís, Diamantino, Santo Afonso, Araputanga, Campo Verde, Ribeirão Cascalheira, Lucas do Rio Verde, Sinop, Poxoréu e Jaciara, também têm escolas com trabalhos premiados.

A tarefa de escolha da Banca Examinadora não foi nada fácil. O tema “Trabalho e Consumo”, inserido de forma transversal na grade curricular das escolas, envolveu 381.059 alunos das 1.500 escolas públicas em diversas atividades, ao longo do ano, e na produção de desenhos e redações sobre o assunto. O desafio dos 21.527 professores foi justamente desenvolver ações que despertassem o interesse não só das crianças, mas também dos pais e outras pessoas da comunidade. “Deu certo! Os professores assimilaram a metodologia, muito bem, e conseguiram atrair toda a comunidade nas atividades. O resultado surpreende, a cada ano, considerando o comprometimento dos professores. Eles saem da rotina diária na sala de aula e buscam soluções para os problemas da cidade. Os trabalhos têm muita qualidade”, assegurou a coordenadora do programa Agrinho, Dalvina de Almeida Rios.

A Banca Examinadora convocada para analisar os trabalhos foi formada por representantes dos Fundos Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) e da Bovinocultura de Corte (Fabov), das secretarias de estado de Planejamento, Desenvolvimento Rural e Comunicação, do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), do Banco do Brasil, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Senar

RESGATE - Dalvina cita um dos muitos exemplos que chamaram a atenção na seleção dos trabalhos que trataram de problemas como o trabalho infantil, a discriminação no trabalho, empreendedorismo, educação tributária e consumo consciente. Em Jaciara (144 km de Cuiabá), um sub-tema abordado foi o trabalho infantil, problema que estava mais próximo da realidade da comunidade escolar do que se imaginava. Observando uma aluna, na escola, uma professora descobriu que a falta de atenção, o excesso de cansaço e a sonolência durante a aula da garota, de apenas 13 anos, era porque ela trabalhava à noite cuidando de uma senhora de idade. A menina contou que trabalhava desde os sete anos para ajudar os pais adotivos. “A partir da discussão sobre trabalho infantil, a professora decidiu procurar as autoridades do município, buscou uma solução para o problema da aluna. Ela conseguiu a inserção da menina em um programa do governo federal e garantir que a menina apenas estudasse. Este é o nosso objetivo, ir além da sala de aula”, ressaltou a coordenadora do Agrinho.

PREMIAÇÃO – A entrega dos prêmios do Agrinho será uma grande festa. A expectativa do Senar-AR/MT é reunir mais de duas mil pessoas - representantes de todos os municípios e dos parceiros no programa, os sindicatos rurais, a prefeituras, o Banco do Brasil, o Fabov, Fefa e o Facs (Fundo de Apoio à Cultura de Soja (Facs), o Sebrae e o governo do Estado.Nas categorias Desenho, Redação de 1ª a 4ª; Redação de 5ª a 8ª, os cinco primeiros colocados (alunos e professores), vão receber computadores e bicicletas, tvs e dvds, mini sistem, MP3 e jogos pedagógicos. Para as melhores experiências pedagógicas os prêmios são: uma moto 125 cilindradas, um notebook, filmadora, câmera digital, uma tv e dvd.

Confira a relação dos classificados no site www.senarmt.org.br




Fonte: G1

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