Repórter News - reporternews.com.br
Chávez chama embaixador em Bogotá para consultas após congelar relações
Caracas, 27 nov (EFE).- O Governo venezuelano chamou hoje seu embaixador em Bogotá para consultas, dois dias depois de o presidente Hugo Chávez anunciar o congelamento das relações devido ao fim de sua mediação para uma troca humanitária na Colômbia.
O anúncio foi feito pela Chancelaria venezuelana em um breve comunicado: "O Governo da República Bolivariana da Venezuela, em razão dos recentes eventos, e a fim de proceder a uma avaliação exaustiva das relações bilaterais, decidiu chamar para consultas seu embaixador em Bogotá".
Por sua vez, o Governo da Colômbia afirmou que não chamará seu embaixador na Venezuela, Fernando Marín, a consultas.
Cerca de cinco horas após ter sido divulgado o comunicado venezuelano com o chamado ao embaixador Rondón, nem o presidente da Venezuela nem membros de seu Governo haviam feito comentários a respeito.
O ministro de Relações Exteriores colombiano, Fernando Araújo, disse que por enquanto não haverá mais decisões sobre a crise instaurada após o presidente Álvaro Uribe ter cancelado a mediação de Chávez por um acordo humanitário para trocar seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por rebeldes presos.
"Tomaremos as decisões que correspondam. A decisão de hoje é a de que não chamaremos nosso embaixador em Caracas para consultas", manifestou Araújo, que disse também que pedirá ao diplomata colombiano "que permaneça tranquilamente na capital colombiana".
Chávez, que discursou durante aproximadamente três horas em um ato de campanha visando o referendo de domingo sobre a reforma constitucional, não fez menção alguma à Colômbia.
Em seu discurso, o presidente venezuelano reiterou suas acusações contra "o império", como chama os Estados Unidos, que qualificou de "verdadeiro adversário" na consulta popular do domingo.
Chávez sustenta que a "mão" de Washington está por trás de todas as tentativas de, segundo ele, desestabilizar a Venezuela e impedir que o "sim" ganhe no referendo sobre as mudanças que ele propõe na Carta Magna para, conforme diz, dar "mais poder ao povo".
Mas o presidente venezuelano não mencionou a crise com a Colômbia, que a oposição considera uma "prática irresponsável" de Chávez para conseguir uma "solidariedade automática".
A decisão anunciada hoje aconteceu dois dias depois de Chávez afirmar que "congelaria" as relações com a Colômbia, após declarar que se sentia "traído em sua boa fé" e que tinha perdido a confiança em Uribe.
Na quarta-feira passada, o presidente colombiano deu por encerrada a mediação de Chávez e da senadora colombiana Piedad Córdoba para obter um acordo que permitiria a troca de 45 reféns das Farc por 500 guerrilheiros presos.
O motivo alegado foi de que Córdoba e Chávez haviam telefonado a um alto comando militar colombiano para falar sobre os seqüestrados pelas Farc, o que Uribe havia expressamente proibido ao autorizar a mediação, conforme disseram seus porta-vozes.
A primeira resposta de Caracas, também através de nota ministerial, foi aceitar a decisão colombiana, apesar de qualificar de "lamentável".
Horas depois, Chávez disse que esperava falar com seu colega para "esclarecer as razões e as causas" da decisão tomada por Uribe.
Mas no sábado o presidente venezuelano levantou o tom e afirmou ter perdido a confiança em seu colega colombiano, enquanto considerava que isso afetaria as relações entre os dois vizinhos e uma importante troca econômica que este ano chegará a US$ 5 bilhões.
No dia seguinte colocava as relações entre os países "no congelador".
Em uma dura resposta, Uribe pedia a Chávez para não "incendiar o continente" e acusava-o de promover um "projeto expansionista que não terá espaço na Colômbia".
À noite, em entrevista pela televisão, o presidente reiterava suas acusações contra Uribe, afirmando que "a máscara" tinha caído.
O governante venezuelano mostrou-se convencido de que a decisão de Uribe deveu-se "às pressões de Washington, da extrema direita e do alto comando militar colombianos", e não ao motivo alegado, uma ligação sua ao comando militar colombiano.
O anúncio foi feito pela Chancelaria venezuelana em um breve comunicado: "O Governo da República Bolivariana da Venezuela, em razão dos recentes eventos, e a fim de proceder a uma avaliação exaustiva das relações bilaterais, decidiu chamar para consultas seu embaixador em Bogotá".
Por sua vez, o Governo da Colômbia afirmou que não chamará seu embaixador na Venezuela, Fernando Marín, a consultas.
Cerca de cinco horas após ter sido divulgado o comunicado venezuelano com o chamado ao embaixador Rondón, nem o presidente da Venezuela nem membros de seu Governo haviam feito comentários a respeito.
O ministro de Relações Exteriores colombiano, Fernando Araújo, disse que por enquanto não haverá mais decisões sobre a crise instaurada após o presidente Álvaro Uribe ter cancelado a mediação de Chávez por um acordo humanitário para trocar seqüestrados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por rebeldes presos.
"Tomaremos as decisões que correspondam. A decisão de hoje é a de que não chamaremos nosso embaixador em Caracas para consultas", manifestou Araújo, que disse também que pedirá ao diplomata colombiano "que permaneça tranquilamente na capital colombiana".
Chávez, que discursou durante aproximadamente três horas em um ato de campanha visando o referendo de domingo sobre a reforma constitucional, não fez menção alguma à Colômbia.
Em seu discurso, o presidente venezuelano reiterou suas acusações contra "o império", como chama os Estados Unidos, que qualificou de "verdadeiro adversário" na consulta popular do domingo.
Chávez sustenta que a "mão" de Washington está por trás de todas as tentativas de, segundo ele, desestabilizar a Venezuela e impedir que o "sim" ganhe no referendo sobre as mudanças que ele propõe na Carta Magna para, conforme diz, dar "mais poder ao povo".
Mas o presidente venezuelano não mencionou a crise com a Colômbia, que a oposição considera uma "prática irresponsável" de Chávez para conseguir uma "solidariedade automática".
A decisão anunciada hoje aconteceu dois dias depois de Chávez afirmar que "congelaria" as relações com a Colômbia, após declarar que se sentia "traído em sua boa fé" e que tinha perdido a confiança em Uribe.
Na quarta-feira passada, o presidente colombiano deu por encerrada a mediação de Chávez e da senadora colombiana Piedad Córdoba para obter um acordo que permitiria a troca de 45 reféns das Farc por 500 guerrilheiros presos.
O motivo alegado foi de que Córdoba e Chávez haviam telefonado a um alto comando militar colombiano para falar sobre os seqüestrados pelas Farc, o que Uribe havia expressamente proibido ao autorizar a mediação, conforme disseram seus porta-vozes.
A primeira resposta de Caracas, também através de nota ministerial, foi aceitar a decisão colombiana, apesar de qualificar de "lamentável".
Horas depois, Chávez disse que esperava falar com seu colega para "esclarecer as razões e as causas" da decisão tomada por Uribe.
Mas no sábado o presidente venezuelano levantou o tom e afirmou ter perdido a confiança em seu colega colombiano, enquanto considerava que isso afetaria as relações entre os dois vizinhos e uma importante troca econômica que este ano chegará a US$ 5 bilhões.
No dia seguinte colocava as relações entre os países "no congelador".
Em uma dura resposta, Uribe pedia a Chávez para não "incendiar o continente" e acusava-o de promover um "projeto expansionista que não terá espaço na Colômbia".
À noite, em entrevista pela televisão, o presidente reiterava suas acusações contra Uribe, afirmando que "a máscara" tinha caído.
O governante venezuelano mostrou-se convencido de que a decisão de Uribe deveu-se "às pressões de Washington, da extrema direita e do alto comando militar colombianos", e não ao motivo alegado, uma ligação sua ao comando militar colombiano.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/196567/visualizar/
Comentários