Repórter News - reporternews.com.br
Ex-secretário diz que freqüência digital foi abandonada
Brasília - O Ministério da Educação abandonou o programa de freqüência digital nas escolas antes mesmo de ter tido resultados suficientes para fazer uma avaliação do sistema. A análise é feita pelo ex-secretário-executivo do ministério Jairo Jorge, então coordenador do projeto. Sem esses efeitos, avalia, não é possível nem mesmo dizer que a proposta era cara ou não.
"Dos R$ 9 milhões do contrato com o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), R$ 7 milhões foram usados para fazer o cadastro de alunos que está sendo usado hoje. Apenas R$ 2 milhões foram para o piloto", afirma.
"É muito difícil avaliar uma experiência, dizer se é cara ou não, se não se termina a experiência. Foi um erro. Se não deu certo, a responsabilidade não é do projeto, mas de quem não continua as coisas."
O plano de freqüência digital, criado em 2006, está hoje abandonado pelo ministério, com máquinas paradas nas escolas das seis cidades programadas para fazer a demonstração da experiência. O ministério reavaliou a idéia e decidiu manter apenas um censo escolar pelo computador, no qual as escolas preenchem cadastros dos estudantes com todos os dados, do nome à série que freqüenta.
De acordo com Jorge, havia, na época, uma resistência do Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - responsável pelo Censo Escolar - em aceitar o programa porque o cadastro, que levou à redução do número de alunos fantasmas, poderia abalar a imagem do recenseamento.
"Dos R$ 9 milhões do contrato com o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), R$ 7 milhões foram usados para fazer o cadastro de alunos que está sendo usado hoje. Apenas R$ 2 milhões foram para o piloto", afirma.
"É muito difícil avaliar uma experiência, dizer se é cara ou não, se não se termina a experiência. Foi um erro. Se não deu certo, a responsabilidade não é do projeto, mas de quem não continua as coisas."
O plano de freqüência digital, criado em 2006, está hoje abandonado pelo ministério, com máquinas paradas nas escolas das seis cidades programadas para fazer a demonstração da experiência. O ministério reavaliou a idéia e decidiu manter apenas um censo escolar pelo computador, no qual as escolas preenchem cadastros dos estudantes com todos os dados, do nome à série que freqüenta.
De acordo com Jorge, havia, na época, uma resistência do Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - responsável pelo Censo Escolar - em aceitar o programa porque o cadastro, que levou à redução do número de alunos fantasmas, poderia abalar a imagem do recenseamento.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/196596/visualizar/
Comentários