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Observadores japoneses visitam São José do Rio Claro
São José do Rio Claro recebeu na última semana a visita de dois ilustres desconhecidos. Keito Saito e Kenji Miyo ficaram na cidade por três dias, 20 a 22, e aproveitaram a estádia para conhecerem as extensas terras agricultáveis do município assim como sua flora e fauna. A convite do prefeito Massao Paulo Watanabe, os dois visitantes logo viraram notícia nas rádios e rede de televisão local. Todo esse interesse talvez seja fácil de entender se nos atentarmos desde o início ao fato deles não serem simples turistas.
Saito foi enviado pela Universidade de Tóquio a fim de visitar São Paulo e Brasília, para começar um diálogo com suas universidades públicas sobre o intercâmbio de alunos japoneses ao Brasil em 2008 e de brasileiros ao Japão logo no ano seguinte. Formado em administração de empresas e aluno de mestrado em agronegócios, Saito não resistiu ao convite para conhecer Mato Grosso.
Mais do que simplesmente orquestrar a futura viagem dos universitários, a principal finalidade de sua visita ao Brasil foi montar um relatório minucioso sobre a realidade, in loco, dos estados e cidades por onde passasse. Essas informações, segundo explicou, serão de suma importância para que o país seja entendido por investidores, pela universidade japonesa e pelos estudantes da instituição que fazem pesquisas no campo da agricultura.
“Fiquei impressionado ao ver a extensão dos campos de soja de vocês”, afirmou Saito sobre São José, que teve suas falas traduzidas automaticamente pelo sociólogo e jornalista Kenji Miyo, que o acompanhava. “No Japão as famílias tem menos de um hectare para produzir e aqui vemos plantações até a linha do horizonte”, completou. Sua surpresa se deve ao fato de no Japão as terras agricultáveis serem poucas, já que 75% do país é montanhoso, sofre de sismos constantes e mais de 80 vulcões estão ativos.
Quanto a Miyo, ele vive há mais de 10 anos em São Paulo e é o principal responsável pela divulgação das potencialidades do Brasil no Japão. Ele contou que a cultura brasileira, principalmente sua culinária, é tão bem vista no seus país que ele foi o primeiro a traduzir a receita de pão de queijo para o japonês devido à imensa quantidade de pedidos que recebeu via e-mail. O jornalista se diz não só um entusiasta mas também um apaixonado pela sua nossa terra. É dele o “Projeto Vamos Divulgar o Brasil” que tem levado informações claras e precisas aos investidores japoneses.
Porém, tanto Miyo quanto Saito ressaltaram algo que deixou surpresos os estudantes universitários do Núcleo de Ensino Superior da cidade. Em palestra proferida na instituição eles disseram que para o Japão, Mato Grosso é um mapa em branco. O que isso quer dizer? Simples: empresários daquele país nem ao menos imaginam que o estado exista. Falha do governo federal ou não, o fato é que esse erro faz com que milhões de dólares, que podiam estar movimentando a economia local e rendendo outros milhões aos investidores, acabam indo para outros lugares.
“Mais problemático do que a distância ou mesmo a falta de uma língua comum que já dificultam muitas vezes a relação entre nações, a escassez de informação é o mais grave”, frisou Miyo, para quem São José do Rio Claro se tornou mais um tópico em suas futuras correspondências com seu país de origem. Ele também faz parte de um das centenas de escritórios da Japan External Trade Organization, JETRO, espalhadas pelo mundo. Com mais de 4.000 companhias em seus contatos de divulgação, esta organização faz chegar às mãos dos donos destas empresas, informações vitais que podem influenciar ou não a vinda de investimentos.
Saito, o futuro mestre em agronegócios, afirmou que em março próximo 10 outros alunos virão conhecer o Brasil e São José do Rio Claro estará no itinerário. Uma simples visita que começou de um convite feita pelo prefeito pode trazer não só interessados em agricultura buscando informações práticas para sua própria realidade nas ilhas do Oceano Pacifico, mas sim mais entusiastas que levarão o nome da cidade e tirarão Mato Grosso do “mapa invisível”, ao qual faz parte.
Pouco conhecida por empresários japoneses no Japão é fato. Mas vale ressaltar que o nome do município é bem lembrado pela comunidade japonesa sediada em São Paulo, a maior fora do país, e pelos meios diplomáticos devido à doação de US$ 84,749.00, cerca de R$ 160 mil, do Consulado Geral do Japão para a construção da Casa Transitória na cidade. “É a segunda vez este ano que observadores japoneses viajam à São José do Rio Claro”, afirmou o prefeito referindo-se a vinda de representantes da Câmara do Comércio Japonês no Brasil há alguns meses atrás. “A semente da invenção está lançada e só o futuro vai dizer o que acontecerá”, finalizou Massao.
Saito foi enviado pela Universidade de Tóquio a fim de visitar São Paulo e Brasília, para começar um diálogo com suas universidades públicas sobre o intercâmbio de alunos japoneses ao Brasil em 2008 e de brasileiros ao Japão logo no ano seguinte. Formado em administração de empresas e aluno de mestrado em agronegócios, Saito não resistiu ao convite para conhecer Mato Grosso.
Mais do que simplesmente orquestrar a futura viagem dos universitários, a principal finalidade de sua visita ao Brasil foi montar um relatório minucioso sobre a realidade, in loco, dos estados e cidades por onde passasse. Essas informações, segundo explicou, serão de suma importância para que o país seja entendido por investidores, pela universidade japonesa e pelos estudantes da instituição que fazem pesquisas no campo da agricultura.
“Fiquei impressionado ao ver a extensão dos campos de soja de vocês”, afirmou Saito sobre São José, que teve suas falas traduzidas automaticamente pelo sociólogo e jornalista Kenji Miyo, que o acompanhava. “No Japão as famílias tem menos de um hectare para produzir e aqui vemos plantações até a linha do horizonte”, completou. Sua surpresa se deve ao fato de no Japão as terras agricultáveis serem poucas, já que 75% do país é montanhoso, sofre de sismos constantes e mais de 80 vulcões estão ativos.
Quanto a Miyo, ele vive há mais de 10 anos em São Paulo e é o principal responsável pela divulgação das potencialidades do Brasil no Japão. Ele contou que a cultura brasileira, principalmente sua culinária, é tão bem vista no seus país que ele foi o primeiro a traduzir a receita de pão de queijo para o japonês devido à imensa quantidade de pedidos que recebeu via e-mail. O jornalista se diz não só um entusiasta mas também um apaixonado pela sua nossa terra. É dele o “Projeto Vamos Divulgar o Brasil” que tem levado informações claras e precisas aos investidores japoneses.
Porém, tanto Miyo quanto Saito ressaltaram algo que deixou surpresos os estudantes universitários do Núcleo de Ensino Superior da cidade. Em palestra proferida na instituição eles disseram que para o Japão, Mato Grosso é um mapa em branco. O que isso quer dizer? Simples: empresários daquele país nem ao menos imaginam que o estado exista. Falha do governo federal ou não, o fato é que esse erro faz com que milhões de dólares, que podiam estar movimentando a economia local e rendendo outros milhões aos investidores, acabam indo para outros lugares.
“Mais problemático do que a distância ou mesmo a falta de uma língua comum que já dificultam muitas vezes a relação entre nações, a escassez de informação é o mais grave”, frisou Miyo, para quem São José do Rio Claro se tornou mais um tópico em suas futuras correspondências com seu país de origem. Ele também faz parte de um das centenas de escritórios da Japan External Trade Organization, JETRO, espalhadas pelo mundo. Com mais de 4.000 companhias em seus contatos de divulgação, esta organização faz chegar às mãos dos donos destas empresas, informações vitais que podem influenciar ou não a vinda de investimentos.
Saito, o futuro mestre em agronegócios, afirmou que em março próximo 10 outros alunos virão conhecer o Brasil e São José do Rio Claro estará no itinerário. Uma simples visita que começou de um convite feita pelo prefeito pode trazer não só interessados em agricultura buscando informações práticas para sua própria realidade nas ilhas do Oceano Pacifico, mas sim mais entusiastas que levarão o nome da cidade e tirarão Mato Grosso do “mapa invisível”, ao qual faz parte.
Pouco conhecida por empresários japoneses no Japão é fato. Mas vale ressaltar que o nome do município é bem lembrado pela comunidade japonesa sediada em São Paulo, a maior fora do país, e pelos meios diplomáticos devido à doação de US$ 84,749.00, cerca de R$ 160 mil, do Consulado Geral do Japão para a construção da Casa Transitória na cidade. “É a segunda vez este ano que observadores japoneses viajam à São José do Rio Claro”, afirmou o prefeito referindo-se a vinda de representantes da Câmara do Comércio Japonês no Brasil há alguns meses atrás. “A semente da invenção está lançada e só o futuro vai dizer o que acontecerá”, finalizou Massao.
Fonte:
Assessoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/196604/visualizar/
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