Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 27 de Novembro de 2007 às 10:53
Por: Rosana Persona

    Imprimir


Estão sendo elaboradas propostas e ações para o desenvolvimento da cadeia produtiva da mandioca no vale do Rio Cuiabá para a safra 2007/2008. Esse trabalho está sendo realizado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) com a missão de aumentar a produtividade de 13 toneladas para até 20 toneladas por hectare e também a área cultivada de 3,5 mil hectares para 10 mil hectares de mandioca com a instalação de unidades demonstrativas de produção com as tecnologias recomendadas. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado produz mais de 563 mil toneladas, numa área de 39 mil hectares.

O engenheiro agrônomo da Empaer Almir Souza Ferro informou que foi realizado um levantamento das necessidades de produção e constatou que para o Estado de Mato Grosso a cultura da mandioca representa importante atividade sócio-econômica gerando emprego e renda, tanto nas áreas rurais, com o processo de produção e industrialização, como nas áreas urbanas através da comercialização. Ele lembra que os municípios da Baixada Cuiabana considerados tradicionais no cultivo da mandioca representam quase 10% da área plantada no Estado.

A proposta vai mais além, e pretende modernizar as farinheiras existentes, visando aumentar a produtividade e qualidade da farinha produzida. Para essas adequações, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) está liberando recursos na ordem de 18 milhões para os produtores rurais. “As novas adequações vão permitir a introdução de equipamentos para descasque, ralação, prensagem e torragem para melhor aproveitamento da matéria prima e, conseqüentemente, a melhoria da qualidade do produto a ser comercializado”, ressalta Almir.

A meta é reduzir a poluição e aumentar a renda dos produtores, otimizando o processo de industrialização. Para isso, serão utilizadas a casca e as folhas na alimentação animal e o amido proveniente da água de prensagem, conhecida por “manipueira”, para fazer polvilho doce. O engenheiro agronônomo Almir Souza Ferro alerta que a água que sai da prensa tem uma concentração de até 6% de amido e, após a decantação, se os restos forem jogados nos rios, podem contaminar a água com o ácido cianídrico, substância tóxica que causa a morte dos animais e seres humanos.

Segundo Almir, a proposta também visa a criação da Câmara Técnica da Cultura da mandioca, programas de fomento para o desenvolvimento da cultura, incentivos fiscais para a exportação de amido de farinha e a realização de pesquisa e validação de tecnologia para o desenvolvimento da cadeia produtiva. A partir de fevereiro de 2008, os produtores serão capacitados com tecnologia adequada para produção de raiz, seleção de ramas,espaçamento, escolha de variedade, consórcios e controle integrado de pragas e doenças. “Vamos auxiliar desde a produção, transformação e comercialização”, esclarece.

O engenheiro lembra que a cultura da mandioca é produzida praticamente em todos os municípios e está presente nas pequenas propriedades rurais como fonte alimentar da família e para criação dos animais. É fonte de alimento para mais de 700 milhões de pessoas no mundo, 80 países produzem a mandioca e o Brasil é o segundo maior produtor, participando com mais de 15% da produção mundial, cerca de 25 milhões de toneladas de raízes.

No Estado existem variedades plantadas para fornecimento de matéria-prima para a indústria e consumo humano e algumas foram adaptadas às condições climáticas e selecionadas pelos produtores da região tais como, Igarapé vermelho, Mandioca uva, Sopa, Liberata , Seringueira e outras. “ Mato Grosso do Sul já está produzindo 21 toneladas por hectare e trabalhamos para atingir a média de 20 toneladas por hectare”, finaliza Ferro.





Fonte: EMPAER/MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/196674/visualizar/