O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sinalizou no domingo sobre a perspectiva de ataques israelenses dentro da Síria, comprometendo-se a agir para impedir que armas avançadas cheguem ao Hezbollah e outros grupos militantes.
Embora Israel não tenha tomado publicamente lados na guerra civil entre o presidente sírio, Bashar al-Assad, e os rebeldes que tentam derrubá-lo, fontes ocidentais e israelenses dizem que o país lançou ataques aéreos na Síria para destruir as armas que acreditava ser destinadas para o Hezbollah.
Em declarações públicas durante a reunião semanal de seu gabinete, Netanyahu não fez menção direta a esses ataques, mas disse que Israel estava preparada para agir no futuro e se "preparando para todos os cenários" no conflito sírio.
Israel tinha uma política "para evitar, tanto quanto possível, o vazamento de armas avançadas para o Hezbollah e elementos de terror", disse ele. "Vamos agir para garantir o interesse na segurança dos cidadãos de Israel no futuro também."
Tzipi Livni, membro do gabinete de segurança de Netanyahu e um ex-ministro das Relações Exteriores, disse: "Eu não acho que há alguém em Israel ansioso para agir" na Síria.
Em entrevista à Rádio do Exército de Israel, Livni também disse que os políticos israelenses devem evitar tomar partido. "Israel não é popular na Síria. Portanto, tal declaração só poderia ser usada como munição por um dos lados para tentar desviar o debate ou a violência contra Israel -- e esta é a última coisa de que precisamos", disse Livni.
Israel não confirmou nem negou que atacou mísseis fornecidos por iranianos armazenados perto de Damasco neste mês, os quais se acreditava que seriam entregues para o Hezbollah, que travou uma guerra com Israel em 2006 e é aliado Assad.
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