Chávez quer "retirar embaixada" de Bogotá, afirma senadora colombiana

BOGOTÁ, 25 Nov 2007 (AFP) - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, tomou a "decisão de retirar a embaixada" da Venezuela em Bogotá devido a sua exclusão como mediador para uma troca de reféns com a guerrilha das Farc, assegurou neste domingo a senadora colombiana Piedad Córdoba.

"Pedirei que o presidente Chávez reconsidere a posição de retirar a embaixada da Venezuela, para que não tome decisões que não nos ajudarão", declarou Córdoba em Caracas à rádio Caracol.

Córdoba, também afastada da mediação, não especificou se trata-se de um fechamento da missão diplomática ou de um chamado para consultas do embaixador Pavel Rondón.

No sábado, o presidente venezuelano afirmou que se sentiu "traído" por Uribe, e advertiu que isso "vai afetar as relações".

Uribe pôs fim à mediação que havia sido autorizada no dia 31 de agosto após tomar conhecimento de que Chávez conversara por telefone com o chefe do Exército colombiano, general Mario Montoya, fazendo perguntas sobre os seqüestrados, apesar de sua desautorização.

Chávez afirmou que foi um telefonema casual em que somente perguntou a Montoya sobre o número de seqüestrados na Colômbia em seu poder para uma troca de 45 reféns das Farc por 500 guerrilheiros presos.