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Entenda os males que o cigarro causa durante a gravidez
Que fumar durante a gravidez faz mal para o bebê não é novidade para ninguém. Mas exatamente o que acontece? Ciro Qirchenchtejn, da Unifesp, que coordena o Centro de Tratamento HelpFumo, explicou para o G1.
Durante a gestação, o cigarro materno aumenta o risco de aborto, de sangramentos e de complicações, como a instalação incorreta da placenta no útero. O fumo também atrapalha a chegada de oxigênio e nutrientes no feto.
“O monóxido de carbono tem uma grande afinidade com a hemoglobina, que carrega o oxigênio pelo sangue. Quanto mais a mãe fuma, mais monóxido de carbono transporta e menos oxigênio chega ao bebê”, explica o médico.
O cigarro também causa a contração da artéria umbilical, que liga o bebê à mãe. Isso diminui o transporte de nutrientes até a criança. “Ou seja, quanto mais a mãe fuma, o bebê recebe mais toxinas e menos nutrientes”, diz ele.
O efeitos continuam aparecendo depois do nascimento da criança. Em média, filhos de mães que fumaram na gestação nascem com cerca de meio quilo a menos do que deveriam. Se você lembrar que um bebê nasce com cerca de 3 quilos, percebe quanta diferença meio quilo pode fazer. “É meio quilo de músculo, de cérebro, de ossos que a criança perde”, explica o médico.
O fumo materno é também a principal causa evitável de morte súbita do bebê após o nascimento, ao lado do posicionamento da criança.
Não há quantidade segura
Sobre a idéia de algumas mães (e alguns ginecologistas) de que é seguro fumar, desde que seja pouco, Ciro Qirchenchtejn alerta: “esse é um conceito absolutamente errado”.
“Se você me pergunta se há uma quantidade de fumo segura para a criança, eu respondo: há uma quantidade segura de arsênico? De inseticida? É um veneno igual. Você não imagina uma mãe considerando a possibilidade de espirrar inseticida na criança, mas algumas vão e fumam”, critica o médico.
Especialista em ajudar as pessoas a parar de fumar, Qirchenchtejn ainda ressalta que abandonar o vício é mais fácil que diminuir a dose. “Se uma mulher que fuma dois maços por dia diminui para dois cigarros por dia, ela vai ficar sofrendo com a vontade de fumar o tempo inteiro. Se ela pára, passa pela abstinência, mas é uma vez só”, explica ele.
Ideal é parar
De acordo com as estatísticas, cerca de 50% das mulheres que fumam abandonam completamente o vício durante a gravidez -- no entanto, a maioria delas volta a fumar assim que a criança nasce. “Isso não faz o menor sentido”, diz Qirchenchtejn.
"Durante a gravidez elas têm uma preocupação tão grande com o filho, que não precisam de ajuda para parar. Elas enfrentam a abstinência sem grandes sofrimentos. Mas nove meses depois, quando o organismo já está livre da dependência física, elas voltam a fumar.”
Qirchenchtejn afirma que as mães precisam parar de fumar e não apenas durante a gravidez e a amamentação, mas para sempre. “A mesma mãe que se preocupa em expor seu filho ao cigarro quando ele está dentro dela, não pensa que a fumaça que ela solta na cozinha pode chegar ao bebê no quarto”, diz o médico. “Não pensa em uma série de outros problemas, por exemplo: ela está se expondo a desenvolver um câncer, que pode fazer com que ela perca um pouco do convívio com o filho que ama tanto”, alerta.
O médico afirma que parar de fumar é difícil, mas não impossível. E com ajuda médica está ficando cada vez mais fácil. “Meu conselho é que todos, mães, pais e pessoas sem filhos parem de fumar. Procurem um médico e parem de fumar”, finaliza.
Durante a gestação, o cigarro materno aumenta o risco de aborto, de sangramentos e de complicações, como a instalação incorreta da placenta no útero. O fumo também atrapalha a chegada de oxigênio e nutrientes no feto.
“O monóxido de carbono tem uma grande afinidade com a hemoglobina, que carrega o oxigênio pelo sangue. Quanto mais a mãe fuma, mais monóxido de carbono transporta e menos oxigênio chega ao bebê”, explica o médico.
O cigarro também causa a contração da artéria umbilical, que liga o bebê à mãe. Isso diminui o transporte de nutrientes até a criança. “Ou seja, quanto mais a mãe fuma, o bebê recebe mais toxinas e menos nutrientes”, diz ele.
O efeitos continuam aparecendo depois do nascimento da criança. Em média, filhos de mães que fumaram na gestação nascem com cerca de meio quilo a menos do que deveriam. Se você lembrar que um bebê nasce com cerca de 3 quilos, percebe quanta diferença meio quilo pode fazer. “É meio quilo de músculo, de cérebro, de ossos que a criança perde”, explica o médico.
O fumo materno é também a principal causa evitável de morte súbita do bebê após o nascimento, ao lado do posicionamento da criança.
Não há quantidade segura
Sobre a idéia de algumas mães (e alguns ginecologistas) de que é seguro fumar, desde que seja pouco, Ciro Qirchenchtejn alerta: “esse é um conceito absolutamente errado”.
“Se você me pergunta se há uma quantidade de fumo segura para a criança, eu respondo: há uma quantidade segura de arsênico? De inseticida? É um veneno igual. Você não imagina uma mãe considerando a possibilidade de espirrar inseticida na criança, mas algumas vão e fumam”, critica o médico.
Especialista em ajudar as pessoas a parar de fumar, Qirchenchtejn ainda ressalta que abandonar o vício é mais fácil que diminuir a dose. “Se uma mulher que fuma dois maços por dia diminui para dois cigarros por dia, ela vai ficar sofrendo com a vontade de fumar o tempo inteiro. Se ela pára, passa pela abstinência, mas é uma vez só”, explica ele.
Ideal é parar
De acordo com as estatísticas, cerca de 50% das mulheres que fumam abandonam completamente o vício durante a gravidez -- no entanto, a maioria delas volta a fumar assim que a criança nasce. “Isso não faz o menor sentido”, diz Qirchenchtejn.
"Durante a gravidez elas têm uma preocupação tão grande com o filho, que não precisam de ajuda para parar. Elas enfrentam a abstinência sem grandes sofrimentos. Mas nove meses depois, quando o organismo já está livre da dependência física, elas voltam a fumar.”
Qirchenchtejn afirma que as mães precisam parar de fumar e não apenas durante a gravidez e a amamentação, mas para sempre. “A mesma mãe que se preocupa em expor seu filho ao cigarro quando ele está dentro dela, não pensa que a fumaça que ela solta na cozinha pode chegar ao bebê no quarto”, diz o médico. “Não pensa em uma série de outros problemas, por exemplo: ela está se expondo a desenvolver um câncer, que pode fazer com que ela perca um pouco do convívio com o filho que ama tanto”, alerta.
O médico afirma que parar de fumar é difícil, mas não impossível. E com ajuda médica está ficando cada vez mais fácil. “Meu conselho é que todos, mães, pais e pessoas sem filhos parem de fumar. Procurem um médico e parem de fumar”, finaliza.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/196969/visualizar/
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