Líder trabalhista vence eleições na Austrália
"Hoje a Austrália olhou para o futuro", disse Rudd, um ex-diplomata fluente em mandarim, em discurso pronunciado em rede nacional para celebrar sua vitória. "Hoje o povo australiano decidiu que nós, como nação, devemos seguir adiante e abraçar o futuro, unidos para escrever uma nova página na história de nossa nação", prosseguiu.
A vitória trabalhista representou um humilhante fim de carreira para o primeiro-ministro conservador John Howard, do Partido Liberal. Segundo chefe de governo a passar mais tempo no poder na história do país, uma derrota de Howard hoje era considerada quase impossível apenas um ano atrás.
Constrangimento
E Howard corre o risco agora de passar por um constrangimento ainda maior. A apuração em seu distrito eleitoral é acirrada e existe o perigo real de ele tornar-se apenas o segundo primeiro-ministro em 106 anos de governo federal a ser desbancado não apenas do poder, mas também de sua cadeira no Parlamento.
"Aceito totalmente a responsabilidade pela campanha do Partido Liberal. Portanto, aceito a total responsabilidade pela derrota de nossa coalizão", declarou Howard.
De acordo com os números oficiais divulgados pela Comissão Eleitoral Australiana, com 70% das urnas apuradas, os trabalhistas lideravam com 53% dos votos, comparados com 46,7% para a coalizão de Howard.
Com base nesses dados, uma projeção da Austrália Broadcasting Corp. coloca os trabalhista na posição de conquistar 81 das 150 cadeiras do Parlamento, suficiente para ter o direito de compor um governo.
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