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Constituinte da Bolívia retoma sessões sem oposição e sob protestos
Sucre (Bolívia), 23 nov (EFE).- A Assembléia Constituinte da Bolívia retomou hoje suas sessões em Sucre, suspensas havia três meses, mas sem a oposição e em meio a distúrbios e choques de policiais com manifestantes que deixaram vários feridos.
A sessão teve 145 dos 255 constituintes eleitos em 2006, todos governistas ou aliados.
Após vários fracassos nas últimas semanas, a Assembléia retomou sessões em uma instalação militar nos arredores de Sucre, protegida por tropas de choque e centenas de camponeses do MAS levados de La Paz e El Alto, redutos políticos de Morales.
A Assembléia retomou as atividades apesar dos protestos de moradores de Sucre, liderada por universitários que levantaram barricadas, enfrentaram a Polícia e acenderam fogueiras em frente ao Teatro Grande Mariscal, onde os constituintes da oposição devem se reunir nas próximas horas.
No centro de Sucre houve enfrentamentos entre policiais e manifestantes que deixaram pelo menos quatro feridos.
Os opositores rejeitam a sessão da maioria governista por acontecer em um quartel militar e por causa da pauta programada, que não incluiu o debate sobre a sede do Governo e o Parlamento, como delegados tinham combinado no sábado.
Oficialmente, a cidade de Sucre ainda é a capital da Bolívia mas, na prática, as sedes do Poder Executivo e Legislativo ficam em La Paz.
A Assembléia tem até 14 de dezembro para entregar uma nova constituição e ficou paralisada por mais três meses por causa dos permanentes distúrbios causados pela exigência sucrense de voltar a ser a sede dos poderes.
A presidente da Assembléia, a quíchua Silvia Lazarte, do Movimento Ao Socialismo (MAS, partido de Morales), assegurou que a sessão acontece sem "se importar com as críticas", só em "entregar ao povo uma nova Constituição".
Durante a manhã, milhares de sucrenses transformaram a capital histórica da Bolívia em um campo de batalha para protestar contra a retomada das sessões sem acordo com a oposição e sem incluir o tema da capital na pauta.
Eles se reuniram ao meio-dia (14h em Brasília) na Praça 25 de Maio, a principal da cidade, no que parecia mais uma manifestação, mas se transformou em uma assembléia dirigida pelo seu principal líder, o reitor universitário Jaime Barrón.
O "cabildo", uma assembléia popular habitual na Bolívia, foi convocado no meio às badaladas de sinos das igrejas da cidade para tomar "medidas radicais" contra a Constituinte, segundo os manifestantes.
A Igreja entrou na questão oficialmente, com a Conferência de Bispos da Bolívia (CEB) apelando a um "consenso urgente" entre todas as forças políticas e cívicas do país para salvar a Assembléia Constituinte.
"Exortamos todos a voltar à racionalidade e a depor atitudes e ações que só dividem e enfrentam", diz comunicado lido em La Paz pelo secretário-geral da CEB, monsenhor Jesús Juárez.
Os enfrentamentos começaram após a reunião. Um grupo de estudantes alertou que funcionários protegidos por policiais estavam retirando computadores e documentação do Teatro Grande Mariscal.
Depois, grupos de universitários enfrentaram a Polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Participantes do "cabildo" se juntaram e logo começou uma batalha campal. Os sucrenses fizeram os policiais recuarem jogando pedras.
Os moradores ajudavam a combater a Polícia, fornecendo vinagre e regando as ruas com água para resistir ao gás lacrimogêneo.
Desde meados de agosto, a Assembléia fracassou nove vezes em realizar sessões no teatro devido às mobilizações, muitas delas violentas.
A Constituinte tem só mais três semanas de prazo para entregar a nova constituição, mas há mais de 15 meses não aprovou nem uma só linha do texto. Setores governistas falam em ampliar o período de deliberações, mas a oposição rejeita essa possibilidade.
A sessão teve 145 dos 255 constituintes eleitos em 2006, todos governistas ou aliados.
Após vários fracassos nas últimas semanas, a Assembléia retomou sessões em uma instalação militar nos arredores de Sucre, protegida por tropas de choque e centenas de camponeses do MAS levados de La Paz e El Alto, redutos políticos de Morales.
A Assembléia retomou as atividades apesar dos protestos de moradores de Sucre, liderada por universitários que levantaram barricadas, enfrentaram a Polícia e acenderam fogueiras em frente ao Teatro Grande Mariscal, onde os constituintes da oposição devem se reunir nas próximas horas.
No centro de Sucre houve enfrentamentos entre policiais e manifestantes que deixaram pelo menos quatro feridos.
Os opositores rejeitam a sessão da maioria governista por acontecer em um quartel militar e por causa da pauta programada, que não incluiu o debate sobre a sede do Governo e o Parlamento, como delegados tinham combinado no sábado.
Oficialmente, a cidade de Sucre ainda é a capital da Bolívia mas, na prática, as sedes do Poder Executivo e Legislativo ficam em La Paz.
A Assembléia tem até 14 de dezembro para entregar uma nova constituição e ficou paralisada por mais três meses por causa dos permanentes distúrbios causados pela exigência sucrense de voltar a ser a sede dos poderes.
A presidente da Assembléia, a quíchua Silvia Lazarte, do Movimento Ao Socialismo (MAS, partido de Morales), assegurou que a sessão acontece sem "se importar com as críticas", só em "entregar ao povo uma nova Constituição".
Durante a manhã, milhares de sucrenses transformaram a capital histórica da Bolívia em um campo de batalha para protestar contra a retomada das sessões sem acordo com a oposição e sem incluir o tema da capital na pauta.
Eles se reuniram ao meio-dia (14h em Brasília) na Praça 25 de Maio, a principal da cidade, no que parecia mais uma manifestação, mas se transformou em uma assembléia dirigida pelo seu principal líder, o reitor universitário Jaime Barrón.
O "cabildo", uma assembléia popular habitual na Bolívia, foi convocado no meio às badaladas de sinos das igrejas da cidade para tomar "medidas radicais" contra a Constituinte, segundo os manifestantes.
A Igreja entrou na questão oficialmente, com a Conferência de Bispos da Bolívia (CEB) apelando a um "consenso urgente" entre todas as forças políticas e cívicas do país para salvar a Assembléia Constituinte.
"Exortamos todos a voltar à racionalidade e a depor atitudes e ações que só dividem e enfrentam", diz comunicado lido em La Paz pelo secretário-geral da CEB, monsenhor Jesús Juárez.
Os enfrentamentos começaram após a reunião. Um grupo de estudantes alertou que funcionários protegidos por policiais estavam retirando computadores e documentação do Teatro Grande Mariscal.
Depois, grupos de universitários enfrentaram a Polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Participantes do "cabildo" se juntaram e logo começou uma batalha campal. Os sucrenses fizeram os policiais recuarem jogando pedras.
Os moradores ajudavam a combater a Polícia, fornecendo vinagre e regando as ruas com água para resistir ao gás lacrimogêneo.
Desde meados de agosto, a Assembléia fracassou nove vezes em realizar sessões no teatro devido às mobilizações, muitas delas violentas.
A Constituinte tem só mais três semanas de prazo para entregar a nova constituição, mas há mais de 15 meses não aprovou nem uma só linha do texto. Setores governistas falam em ampliar o período de deliberações, mas a oposição rejeita essa possibilidade.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/197107/visualizar/
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