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Domingo - 19 de Maio de 2013 às 15:59
Por: ALECY ALVES

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A programação de mais uma festa - desta vez um festival de rock marcado para o próximo dia 25, sábado - já está tirando o sono dos moradores da tradicional comunidade São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá. 

A área onde mais esse evento deve acontecer é um campo de futebol aberto, sem qualquer proteção acústica, rodeado de residências. Do “Festival Maio N’Roll”, como está denominado, devem participar mil pessoas, segundo os organizadores. Também está prevista a apresentação de seis bandas de rock entre as 21 horas do sábado e 5h da manhã de domingo. 

A última festa ocorrida no local, há duas semanas (véspera do feriado do Dia do Trabalhador), foi da modalidade rave e se estendeu por 17 horas, segundo o morador Paulo Barros. Naquela noite e ao longo do dia seguinte ninguém dormiu, diz. 

Para moradores como Paulo Barros e dona Maria Conceição Campos Oliveira, ambos habitantes antigos da comunidade, festas como essas que vêm acontecendo no bairro deveriam ser proibidas pelo poder público. “O local não comporta tanta gente, não tem proteção de ruídos, além de ser uma área residencial”, argumenta dona Conceição. 

O diretor de Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Edio José Silva Duarte, diz que a secretaria precisa ser provocada para fiscalizar, rejeitar pedido de alvará ou mesmo encerrar uma festa que não tem autorização para ser realizada. 

De acordo com Duarte, os moradores podem apresentar uma queixa prévia levando o cartaz do evento para que o município possa fazer um monitoramento antecipado sobre a exigência ou não de licença e, em caso de emissão de autorização, se respeita os índices de decibéis na emissão de ruídos. 

Conforme Edio Duarte, a prefeitura ainda oferece o serviço de Disque-Silêncio, que funciona de quarta-feira a domingo, a partir das 21 horas - essa fiscalização se estende por seis horas, limite da carga horária de trabalho para os fiscais. 

Entretanto, Duarte reconhece que o município não dispõe de pessoal para fazer fiscalização prévia ou atender todas as reclamações recebidas pelo Disque-Silêncio. 

Conforme ele, a secretaria tem apenas uma equipe em dias normais e duas nos finais de semana. E, para agravar, está com dificuldades para capacitar novos fiscais para operar o decibelímetro, o aparelho que mede os níveis do barulho, por causa do preço do curso. A oferta da capacitação para 15 funcionários não sairia por menos de R$ 10 mil. 

Edio Duarte diz que é humanamente impossível fiscalizar ou mesmo ter conhecimento das festas que acontecem em Cuiabá. Nem mesmo aquelas que foram autorizadas conseguiriam monitorar. 

Luck Mamute, promotor do festival de rock, garante que sua festa terá autorização e respeitará o volume de som permitido para a região. 

Ele diz que haverá decibelímetro no local para fazer o controle. Também confirmou a expectativa de público de mil pessoas. Ele argumenta que a segunda vez que promove evento similar no local, sem qualquer problema. 

Os telefones do disque-silêncio são: 9981-9726 e 9982-3210 





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