Nossa Caixa deve ter oferta de ações só em 2008
De acordo com ele, este ano "não há chance" de a oferta ser efetivada, pois o governo quer aguardar a recuperação dos preços dos papéis em bolsa, o que dificilmente ocorrerá em 2007. "Mas para saber a data exata, é preciso perguntar ao governador do Estado, José Serra", brincou.
A queda das ações da Nossa Caixa teve início, de acordo com o executivo, quando o banco adquiriu a administração da folha de pagamento dos servidores do Estado de São Paulo, em março deste ano. Na ocasião, os papéis eram negociados a R$ 38,00 na Bovespa e, em seguida, caíram para R$ 29,00. "A avaliação do mercado foi equivocada, pois consideraram que o gasto do banco foi muito grande", defendeu.
O presidente disse que a folha custou R$ 2,084 bilhões e realiza pagamentos mensais de salários e despesas com aposentados da ordem de R$ 2,480 bilhões. No total, 1,1 milhão de servidores utilizam o sistema. "Mas a folha de pagamento dos servidores de Santa Catarina, adquirida por um banco concorrente, custou mais de R$ 3 mil por funcionário. A nossa ficou em R$ 1.960,00 (por empregado)", comparou Santos, argumentando que o mercado ateve-se apenas ao volume total do negócio para fazer a avaliação - e que o correto seria fazer uma análise tendo como parâmetro o valor do investimento em relação ao número de contas.
A Assembléia Legislativa autorizou a venda de 49% do capital votante da Nossa Caixa ao mercado e, em outubro de 2005, houve uma colocação equivalente a 28,75%. De acordo com Santos, praticamente 50% dos papéis ficaram nas mãos de investidores domésticos, enquanto a outra metade foi adquirida por estrangeiros. "Este foi um fato auspicioso", comentou.
Hoje, às 11h30, as ações ON (com direito a voto) da Nossa Caixa estavam cotadas a R$ 26,34 no pregão da Bovespa, alta de 0,15% no dia. Em novembro, esses papéis acumulam queda de 14%. No acumulado do ano, Nossa Caixa ON registra perda de 43,53%.
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