Ager exige explicação da Cemat sobre morte de frangos em Nova Marilândia

A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager) notificou na tarde de ontem a Rede Cemat para dar as devidas explicações sobre a morte dos 100 mil frangos em Nova Marilândia (262 km de Cuiabá), ocorrida ontem por falta de energia elétrica, conforme o Olhar Direto informou em primeira mão, em parceria com o jornalista Edivaldo Sá.

“Sabemos que não foi o vento, não foi temporal. Foi o sistema mesmo. Este problema é antigo. A Ager já tinha sido notificada da freqüência de desligamento de energia outras vezes”, disse Márcia Vandoni, presidente da agência, que aguarda o boletim da ocorrência de morte das aves. Segundo ela, em 2006, 30 mil frangos morreram na mesma região e pelo mesmo motivo.

A interrupção do fornecimento de energia elétrica durou aproximadamente oito horas. A fábrica de ração que abastece os aviários também ficou parada e impedida de produzir para os aviários, ocasionando a morte de frangos por fome. Ontem, o assessor da presidência da Rede Cemat, Hélio Tito, atribuiu a falta de energia aos temporais que atingiram a região nos últimos dias, hipótese descartada pela Ager.

Márcia informou que 230 postes e um alimentador estavam programados para ser entregues em setembro na região. Eles já estão prontos, mas sem energia. A previsão é que comecem a funcionar em dezembro. “Quando falta a luz, tem um aparelho de religamento automático, para substituição. Mas também está sem energia”, criticou.

Técnicos da Perdigão, empresa integradora com sede em Santa Catarina, desembarcaram em Mato Grosso para acompanhar a incineração dos frangos. Os prejuízos causados pela morte das aves, que tinham entre 30 e 35 dias, ainda não foram calculados. A presidente da Ager disse ainda que a Cemat pode ser multada e existe a possibilidade de ressarcimento aos produtores pelas horas sem energia.