Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 22 de Novembro de 2007 às 20:17

    Imprimir


RIO - A Agência de Promoção e Exportações e Investimentos (Apex Brasil) espera definir ainda este ano 15 mercados-alvo para as ações da instituição na promoção de produtos e empresas brasileiras. De acordo com o presidente da agência, Alessandro Teixeira, a Apex definirá até o fim do ano cerca de 15 mercados-alvo. Entre eles, segundo Teixeira, estarão Alemanha, Estados Unidos, Rússia, Argentina, Egito, China e Dubai (um dos emirados que compõem os Emirados Árabes). Atualmente, a Apex trabalha com 33 mercados-alvo, o que na visão de Teixeira significa não ter alvo algum.

Na América Latina, frisou Teixeira, estão em estudo, além da Argentina, países como Colômbia, Peru e Venezuela. É claro que em todos os lugares em que houver alguém querendo comprar um produto, nós vamos tentar vender a mercadoria brasileira, mas temos que apostar as nossas fichas porque o custo da promoção é altamente elevado, afirmou Teixeira, ao participar hoje da 27ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro.

O presidente da Apex explicou que a agência dividiu o globo em cinco regiões para ações promocionais específicas: Ásia e Oceania, América Latina e Caribe, África e Oriente Médio, América do Norte e Europa. Depois da separação geográfica, a agência procurou especificidades de cada país, como crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da renda. Desta forma, diz Teixeira, pode-se definir exatamente que tipo de produto pode se vender para cada país e em que quantidades.

Precisamos entender isso para saber que tipo de evento fazer. No Egito e no Irã, por exemplo, há grandes mercados consumidores e a venda é 'business to consumer' (para o consumidor), enquanto em países 'traders', como Dubai, as vendas são 'business to business' (para revendedores), exemplificou o executivo.

Após a análise de cada mercado, a Apex espera poder definir que complexo brasileiro de produção se encaixa nas vendas para determinado mercado. Para isso, utiliza método que divide o país em cinco complexos: alimentos, casa e construção, moda, tecnologia e entretenimento. No caso da promoção da Apex, as commodities e combustíveis estão descartados, embora Teixeira admita interesse em promover o etanol.

Não temos como promover o minério brasileiro ou o petróleo, mas temos como mostrar que o etanol brasileiro é melhor, mais rentável, mais barato, que não destrói o meio ambiente, afirmou.

Para o ano que vem, a Apex conta com orçamento de R$ 400 milhões, contra R$ 320 milhões deste ano. Apesar das restrições de recursos, Teixeira aposta na proximidade com outras agências de promoção para fomentar as exportações brasileiras. Temos apenas 1% das exportações mundiais, o que é muito pouco e por isso não preciso me preocupar com poucos recursos ou poucos funcionários, porque temos fatia tão pequena que as chances de crescimento são boas, frisou.

Teixeira revelou que a Apex realizará, nos dias 14 e 15 de dezembro, encontro entre representantes de agências de promoção de exportações de diversos países.




Fonte: Valor Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/197319/visualizar/