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Internacional
Quinta - 22 de Novembro de 2007 às 17:08

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Combatentes suspeitos de pertencer à rede Al-Qaeda mataram três soldados iraquianos na manhã de hoje e roubaram seus dois veículos armados, usados depois para atacar civis sunitas no sul de Bagdá, informou a polícia. Pelo menos 15 pessoas morreram no combate entre os extremistas da Al-Qaeda e os civis sunitas, que estavam armados. Foi o incidente mais violento hoje no Iraque, mas não o único. No total, 43 pessoas foram mortas.

Uma série de ataques de morteiros também atingiu a Zona Verde, a área protegida por norte-americanos no centro de Bagdá, em uma aparente tentativa de coincidir com o feriado nos Estados Unidos do Dia de Ação de Graças. Nenhuma baixa norte-americana foi informada. Uma imensa coluna de fumaça preta subiu aos céu no pôr-do-sol, às 17h do horário local, e o sistema de alto-falantes do governo pedia às pessoas que se escondessem e ficassem longe das janelas. A Embaixada dos EUA e militares americanos não comentaram os ataques.

Ainda assim, muitos refugiados iraquianos voltam da Síria para Bagdá, se dizendo confiantes com a redução da violência sectária. "Graças a Deus chegamos hoje. Nós escutamos que a segurança melhorou e esperamos que todos os iraquianos voltem ao país", disse o refugiado Muhammad Ibrahim, ao chegar ao bairro de Mansour. Militares norte-americanos afirmam que em todo o Iraque os ataques caíram 55% desde que um reforço de tropas dos EUA, no verão deste ano no hemisfério norte, expulsou extremistas sunitas e xiitas dos seus redutos próximos à capital.

Mesmo assim, comandantes norte-americanos têm sido cautelosos em declarar vitória sobre a Al-Qaeda e outros grupos extremistas no Iraque, sabendo que os militantes fugiram para outras regiões do país com o aumento das operações.

Violência

Ao nordeste da capital, forças iraquianas regulares afirmam ter matado 19 combatentes da Al-Qaeda em Baquba, informou a polícia. Outros dois civis foram mortos no fogo cruzado. Em outro episódio de violência, um carro-bomba estacionado explodiu perto de uma patrulha de polícia na cidade nortista de Mossul, matando dois civis e ferindo 12 pessoas, incluídos dois policiais, disse o brigadeiro Mohammad al-Wakkaa, da polícia provincial. Segundo ele, uma bomba colocada à beira de uma rua explodiu em outro ponto da cidade, matou um policial e feriu outras pessoas que estavam nas imediações.

Em Suwayrah, 40 quilômetros ao sul de Bagdá, um bomba colocada embaixo de um veículo de patrulha do exército iraquiano explodiu, matou um soldado e feriu outros dois, disse o tenente Mohammad al-Shimmari. Ontem, um carro-bomba matou seis civis e feriu 22 em Ramadi, capital da província de Anbar. Também ontem, a polícia iraquiana encontrou 40 cadáveres em decomposição, vários de mulheres e crianças, ao norte de Ramadi, perto do lago Tharthar. A área foi controlada até recentemente pela Al-Qaeda no Iraque.

O jornal The New York Times publicou uma reportagem citando oficiais norte-americanos, na qual informa que 60% dos combatentes estrangeiros que vieram ao Iraque no ano passado eram da Arábia Saudita e da Líbia, onde serviram como homens-bomba suicidas ou facilitaram outros ataques. Segundo a matéria, os dados foram capturados em um computador em setembro, em uma incursão do exército dos EUA perto da fronteira com a Síria que servia de ponto de passagem para terroristas que entravam no Iraque. Foi descoberta uma lista com os nomes de mais de 700 militantes trazidos ao Iraque desde agosto de 2006. Os sauditas formavam o maior número de combatentes, cerca de 305, seguidos pelos líbios, que eram 137.





Fonte: AE-AP

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