Beira-Mar teria alugado casas para família de presos
A PF de Cascavel, também no Paraná, suspeita que as informações nos materiais encontrados nas duas casas sejam códigos. A apreensão dos cadernos e fichas foi resultado da Operação Fênix, realizada pela PF em quatro Estados - Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A PF também prendeu em Catanduvas Rosimeri Batista de Freitas, de 36 anos, que seria mulher de um preso e estaria trabalhando como "pombo-correio", levando informações de dentro da penitenciária para organizações criminosas de São Paulo.
Investigação
Os policiais de Cascavel entraram nas investigações iniciadas no Rio de Janeiro depois da chegada de Beira-Mar à Penitenciária de Catanduvas. Ele foi o primeiro a ocupar uma cela, em julho do ano passado. As investigações mostraram que, com a chegada de outros presos, Beira-Mar ampliou sua rede de contatos. A suspeita é de que, por meio de aliados que estavam fora, ele aliciava familiares dos presos, oferecendo dinheiro, para levar informações e continuar a comandar sua quadrilha. Nesse esquema, os contatos nas duas casas, que serviam como hospedaria, seriam fundamentais. Desde agosto, Beira-Mar ocupa uma cela do Presídio Federal de Campo Grande.
A PF também fez buscas em celas da penitenciária, onde ficaram por aproximadamente uma hora. Nada foi apreendido nessa investida, que contou com a colaboração da direção. O Presídio Federal de Catanduvas tem capacidade para 208 detentos, que ficam em celas individuais. Atualmente, há 161 presos, entre eles alguns dos principais chefões do crime organizado no Rio de Janeiro, como Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco.
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