Estudo revela que impulsos magnéticos podem tratar depressão
Estimular o cérebro com pequenos impulsos magnéticos é um modo seguro e eficiente de tratar a depressão profunda, revela um estudo divulgado na quarta-feira (21) nos Estados Unidos.
O método é uma alternativa para entre 20% a 40% das vítimas de depressão profunda, que não respondem a antidepressivos e ou à psicoterapia, e para os que querem evitar o uso de drogas.
"O estudo lança uma nova luz sobre a eficiência da estimulação magnética transcraniana como tratamento para a depressão", disse John Krystal, editor da revista "Biological Psychiatry", que publicará a pesquisa no dia 1º de dezembro.
"O resultado é particularmente importante para os pacientes que não toleram antidepressivos e para os que não reagem a tratamentos alternativos", diz.
O método consiste em enviar rápidas descargas de energia magnética ao cérebro, por meio de um dispositivo fixado no couro cabeludo.
Os impulsos fazem com que os neurônios de uma pequena área do cérebro se "acendam", disse Philip Janicak, professor de Psiquiatria do Rush Universitary Medical Center, em Chicago.
Estímulo -- Estes neurônios "enviam sinais a zonas mais profundas do cérebro que controlam o apetite e estão relacionadas com a depressão", revelou Janicak.
Os índices de melhora entre os pacientes que receberam o tratamento foi o dobro em relação aos que experimentaram apenas uma simulação do método.
Os resultados superaram, inclusive, os tratamentos com antidepressivos.
A notícia é, particularmente, significativa na medida em que a maior parte dos pacientes submetida ao tratamento não reagia aos antidepressivos.
A pesquisa envolveu 325 pacientes nos Estados Unidos, Canadá e Austrália que sofriam de depressão profunda.
Os efeitos colaterais foram dores de cabeça e feridas no couro cabeludo.
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