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Saúde
Quinta - 22 de Novembro de 2007 às 08:45
Por: Aline Chagas

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O número de mortes por Aids aumentou nos últimos seis anos em Mato Grosso. Em 2000, 114 pessoas morreram em decorrência da doença no Estado. No ano passado, a quantidade chegou a 172. Em sete anos, a incidência aumentou 58,88%. Os dados fazem parte do Boletim Epidemiológico 2007, divulgado ontem pelo Programa Nacional de combate às DST/Aids. Conforme o estudo, de 1980 a 30 de junho de 2007, 5.669 casos de Aids foram notificados em Mato Grosso.

O número de casos notificados em 2007 em Mato Grosso também chama atenção no boletim. Pelos dados apresentados, o Estado teve a maior quantidade de notificações por causa da doença de janeiro a junho de 2007, com 212 casos de Aids. O estado com maior número de notificações no Brasil é São Paulo, que alcançou 3.057 casos notificados nos primeiros seis meses deste ano.

Segundo a técnica do Programa Estadual de combate às DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Maria Helena Lopes, o número alto de casos notificados em Mato Grosso ocorre porque o Programa está ampliando serviços e encontrando mais casos. Maria Helena explicou que alguns dos motivos para o aumento do número de mortes por Aids são o tamanho do Estado e a logística dos municípios, que prejudicam a busca por atendimento em serviços especializados.

“Como as cidades são muito distantes, há dificuldade das pessoas encontrarem atendimento especializado. Aí, quando encontramos novos casos, muitos já estão doentes. Muitas pessoas descobrem que têm Aids quando estão hospitalizadas por alguma doença oportunista. Aí, fica difícil reverter esses quadros”, comentou.

A técnica da SES informou que a equipe do Programa Estadual luta para ampliar o número de serviços e tem como projeto inserir na atenção básica o diagnóstico do HIV/Aids para poder descobrir o vírus quando as pessoas ainda estão com uma boa resposta imunológica. Maria Helena frisou que o combate a HIV/Aids é uma responsabilidade do Estado e dos municípios e que todos estão trabalhando.

Os números do boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde apontaram ainda que Mato Grosso é o estado do Centro-Oeste com mais casos de crianças de até cinco anos com Aids. Há três anos, Mato Grosso repete a posição de estado na região com o maior número de crianças dessa faixa com Aids. Em 2004, foram notificados 21 casos. Nos dois anos seguintes, 13 casos cada. Até junho de 2007, sete casos de menores de cinco anos com Aids, do total de 10 no Centro-Oeste.

“Reduzir a transmissão vertical está ligado a boa qualidade de assistência pré-natal. Como esse tipo de assistência fica a cargo dos municípios, estamos fazendo um esforço para melhorar o atendimento pré-natal. A Aids é sempre muito preocupante porque é uma doença que não tem cura e que está em todas as classes sociais”, finalizou.





Fonte: Diário de Cuiabá

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