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Nacional
Terça - 20 de Novembro de 2007 às 20:36

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Ao lançar um programa de Ciência e Tecnologia que prevê investimentos de R$ 41,2 bilhões até 2010, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou, nesta terça-feira (20), o Brasil dos últimos 25 anos a um pronto-socorro de periferia de grande cidade.

"É compreensível que o estado brasileiro não tenha cumprido com as obrigações na Ciência e Tecnologia porque o país teve pelo menos duas décadas e meia funcionando como um centro de emergência, um pronto-socorro municipal de uma grande cidade na periferia. Nunca tivemos tempo de sentar e planejar como cuidar do paciente adequadamente, sempre trabalhávamos na emergência", disse o presidente em evento no Palácio do Planalto nesta terça-feira (20).

Para Lula, os governos que o antecederam trabalharam com pouco dinheiro e sem planejamento. "Nunca tinha dinheiro. É como uma cama com cobertor que cobre a cabeça e descobre os pés", comparou.

Lula evitou nomear um culpado para o que ele chama de descaso no setor científico-tecnológico brasileiro. Na platéia da cerimônia, estavam dois nomes que ocuparam o Ministério de Ciência e Tecnologia. São eles: o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que foi secretário-geral da pasta de 1985 a 1988, e Ronaldo Sardemberg, atual presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e ex-ministro da Ciência e Tecnologia do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

"Não acho que tenha um culpado, é possível que nós mesmos, toda a sociedade seja culpada. Agora, o plano só vai funcionar corretamente se cumprir todas as metas anunciadas e se a comunidade cientifica estiver vigilante no cumprimento das metas", disse.

Investimentos

O Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação prevê um investimento total de R$ 41,2 bilhões até 2010. São 21 linhas de atuação que vão desde a melhoria do ensino de ciências até um novo Programa Nuclear Brasileiro.

O Plano articula-se com os ministérios da Ciência e Tecnologia, Minas e Energia, Saúde, Educação, Agricultura e Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior. Dos recursos totais, R$ 18,66 bilhões virão do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O restante, R$ 22,6 bilhões, virá das outras pastas.

Para o novo Programa Nuclear Brasileiro, o governo pretende usar os recursos para complementar a primeira fase da planta de enriquecimento de urânio, em Resende, no Rio de Janeiro, além de aumentar a produção de minério e a prospecção de urânio.




Fonte: G1

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