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Chávez pede permissão a Uribe para se encontrar com líder das Farc
Paris, 20 nov (EFE).- O presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu permissão hoje a seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, para se encontrar com o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como "Manuel Marulanda", e afirmou que isso é "fundamental" para um acordo humanitário na Colômbia.
O encontro serviria para pedir a "Marulanda" a libertação de diversos reféns das Farc.
Ao término de uma visita oficial a Paris, Chávez deu informações à imprensa sobre sua mediação nas negociações entre o Governo de Bogotá e as Farc para conseguir a libertação de 45 reféns em poder da guerrilha, que em troca exige a libertação de 500 insurgentes atualmente presos.
Chávez disse estar confiante de que contará com a permissão de Uribe para ir à selva colombiana e se reunir com Pedro Antonio Marín - o nome verdadeiro de "Manuel Marulanda" -, iniciando as negociações rumo a um acordo humanitário.
O presidente venezuelano afirmou que, caso chegue até "Marulanda", pedirá a ele a libertação de alguns reféns em poder das Farc, como um "gesto unilateral de boa vontade".
Neste clima, as negociações podem avançar bastante rumo à paz na Colômbia, uma perspectiva sobre a qual Chávez se mostrou otimista.
Para tanto, o presidente venezuelano declarou ter falado com líderes da outra guerrilha colombiana, o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Sobre a ELN, Chávez disse que o grupo "quer deixar os fuzis" e acrescentou que está indo "em direção ao cessar-fogo e ao acordo de paz".
O governante venezuelano admite que atingir esse tipo de objetivo, em relação às Farc, levará mais tempo, mas argumentou que se tiver a chance de ver "Marulanda" aproveitará para tentar mostrar a ele que os movimentos armados podem dar lugar a partidos políticos, para assim conseguir o poder e fazer mudanças sociais.
Chávez deu como exemplo os sandinistas na Nicarágua e sua própria experiência na Venezuela, já que tentou um golpe de Estado fracassado em 1992, que o levou à prisão, e anos depois conseguiu a Presidência por meio das urnas.
"Precisamos da paz para construir a América Latina", disse Chávez.
Ele lembrou que as Farc se comprometeram a dar, antes do fim de ano, uma prova de vida dos reféns em seu poder, como a ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada em 2002 e cujo caso desperta grande interesse na França pelo fato de ela ter dupla nacionalidade.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse hoje considerar "indispensável" a apresentação de provas de vida de Betancourt.
Segundo o porta-voz do Palácio do Eliseu, David Martinon, Sarkozy lembrou que as provas de vida eram necessárias "tanto para dar tranquilidade acerca do destino dos reféns, como para assegurar a sinceridade das Farc na busca de uma solução humanitária".
O presidente francês encorajou Chávez a continuar com seus esforços, e reforçou a necessidade de seguir em contato estreito com as autoridades colombianas.
Sobre o fato de não ter explicado como conseguirá essas provas, o presidente venezuelano disse que "existe uma agência de correios bem ali".
Chávez disse que confia na palavra de Uribe, e elogiou sua atitude a favor do acordo, o qual reconheceu que tem "pontos difíceis", especialmente em relação aos três americanos reféns das Farc e a dois guerrilheiros presos nos Estados Unidos.
Também louvou a ajuda de Sarkozy, com quem disse ter "traçado planos" para avançar na troca de seqüestrados por presos.
Diante da imprensa, Chávez aproveitou para explicar que nunca falou com Uribe sobre a exigência de as Farc libertarem todos os reféns para permitir o encontro com "Marulanda".
Além disso, negou ter revelado um "segredo" ao afirmar que o próprio presidente colombiano tinha dito que estaria disposto a participar de uma mesa de diálogo com ele e membros das Farc.
"Na verdade, não houve nenhuma exigência. Ele nunca me pediu para não revelar o fato de que estaria disposto a ir à região de Caguán, controlada pelas Farc", disse Chávez.
O encontro serviria para pedir a "Marulanda" a libertação de diversos reféns das Farc.
Ao término de uma visita oficial a Paris, Chávez deu informações à imprensa sobre sua mediação nas negociações entre o Governo de Bogotá e as Farc para conseguir a libertação de 45 reféns em poder da guerrilha, que em troca exige a libertação de 500 insurgentes atualmente presos.
Chávez disse estar confiante de que contará com a permissão de Uribe para ir à selva colombiana e se reunir com Pedro Antonio Marín - o nome verdadeiro de "Manuel Marulanda" -, iniciando as negociações rumo a um acordo humanitário.
O presidente venezuelano afirmou que, caso chegue até "Marulanda", pedirá a ele a libertação de alguns reféns em poder das Farc, como um "gesto unilateral de boa vontade".
Neste clima, as negociações podem avançar bastante rumo à paz na Colômbia, uma perspectiva sobre a qual Chávez se mostrou otimista.
Para tanto, o presidente venezuelano declarou ter falado com líderes da outra guerrilha colombiana, o Exército de Libertação Nacional (ELN).
Sobre a ELN, Chávez disse que o grupo "quer deixar os fuzis" e acrescentou que está indo "em direção ao cessar-fogo e ao acordo de paz".
O governante venezuelano admite que atingir esse tipo de objetivo, em relação às Farc, levará mais tempo, mas argumentou que se tiver a chance de ver "Marulanda" aproveitará para tentar mostrar a ele que os movimentos armados podem dar lugar a partidos políticos, para assim conseguir o poder e fazer mudanças sociais.
Chávez deu como exemplo os sandinistas na Nicarágua e sua própria experiência na Venezuela, já que tentou um golpe de Estado fracassado em 1992, que o levou à prisão, e anos depois conseguiu a Presidência por meio das urnas.
"Precisamos da paz para construir a América Latina", disse Chávez.
Ele lembrou que as Farc se comprometeram a dar, antes do fim de ano, uma prova de vida dos reféns em seu poder, como a ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada em 2002 e cujo caso desperta grande interesse na França pelo fato de ela ter dupla nacionalidade.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse hoje considerar "indispensável" a apresentação de provas de vida de Betancourt.
Segundo o porta-voz do Palácio do Eliseu, David Martinon, Sarkozy lembrou que as provas de vida eram necessárias "tanto para dar tranquilidade acerca do destino dos reféns, como para assegurar a sinceridade das Farc na busca de uma solução humanitária".
O presidente francês encorajou Chávez a continuar com seus esforços, e reforçou a necessidade de seguir em contato estreito com as autoridades colombianas.
Sobre o fato de não ter explicado como conseguirá essas provas, o presidente venezuelano disse que "existe uma agência de correios bem ali".
Chávez disse que confia na palavra de Uribe, e elogiou sua atitude a favor do acordo, o qual reconheceu que tem "pontos difíceis", especialmente em relação aos três americanos reféns das Farc e a dois guerrilheiros presos nos Estados Unidos.
Também louvou a ajuda de Sarkozy, com quem disse ter "traçado planos" para avançar na troca de seqüestrados por presos.
Diante da imprensa, Chávez aproveitou para explicar que nunca falou com Uribe sobre a exigência de as Farc libertarem todos os reféns para permitir o encontro com "Marulanda".
Além disso, negou ter revelado um "segredo" ao afirmar que o próprio presidente colombiano tinha dito que estaria disposto a participar de uma mesa de diálogo com ele e membros das Farc.
"Na verdade, não houve nenhuma exigência. Ele nunca me pediu para não revelar o fato de que estaria disposto a ir à região de Caguán, controlada pelas Farc", disse Chávez.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/197681/visualizar/
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