Baixo nível do Rio Paraguai leva empresa a férias coletivas
A MCR (Mineração Corumbaense Reunida), empresa do Grupo Rio Tinto Brasil, instalada em Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, concedeu férias coletivas para 77% dos seus 350 empregados. Segundo comunicado distribuído pela empresa, o baixo nível do Rio Paraguai não permite navegação de embarcações de grande calado, porque a profundidade está variando entre 0,94 e 1,50 metro.
Segundo o gerente de recursos humanos da MCR, Sérgio Visconti, "não temos como transportar a produção. Nosso estoque está cheio e não temos como estocar mais". Ele explicou que pelo menos 300 mil toneladas de minério não saíram da mineradora, acrescentando que "há dois meses não faturamos nada, só gastamos".
As férias começarão no dia 3 de dezembro e terminarão em 1º de janeiro de 2008. Segundo o comunicado, foi a única forma de evitar demissões, "pois entendemos que isto seria prejudicial para a empresa e à economia local. Os custos fixos permanecem. Mudam os variáveis, como transporte e restaurante, o que não significam grandes gastos".
A empresa, segundo Visconti, está em fase de expansão, desenvolvendo projetos que vão permitir um aumento dos atuais 2 milhões de toneladas anuais para 15 milhões/ano de toneladas. Não é a primeira vez que esse problema atinge a MCR.
O Comando da Capitania Fluvial do Pantanal informou que está alertando as companhias mineradoras e aos operadores da hidrovia sobre a ocorrência da prejuízos com o baixo nível do Rio Paraguai. Conforme nota da Marinha baseada na cidade de Ladário, vizinha de Corumbá, foram localizados 15 pontos críticos ao longo do rio.
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