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Domingo - 18 de Novembro de 2007 às 16:59

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Com a euforia do último jogo no Maracanã ainda viva na memória, na goleada sobre o Equador junto a sua torcida em outubro, a seleção brasileira volta a campo pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010 neste domingo diante do Peru, no estádio Monumental Ate, em Lima, às 18h10. Diante de um adversário que transmitiu fragilidade nas rodadas iniciais, manter o nível de excelência do segundo tempo do compromisso passado desponta como principal desafio da equipe do técnico Dunga.

A última impressão brasileira nas eliminatórias ficou marcada pela "apoteose" no reencontro com a torcida do país, depois de m intervalo de dois anos sem jogos em casa. Em um Maracanã lotado, a seleção de Dunga encontrou dificuldades no começo, mas depois embalou e deu espetáculo na vitória por 5 a 0 sobre o Equador, simbolizada pelo último gol, de Elano, que começou com drible de efeito de Robinho na linha de fundo, na jogada mais comentada da partida.

"Nem sempre vai dar para repetir aquele nível técnico do jogo do Maracanã. O mais importante é a equipe manter a regularidade de bons resultados. Esse jogo será mais difícil. Em casa, todos querem ganhar do Brasil. Existe uma motivação especial. O Peru ainda não venceu e precisa se recuperar. Temos que estar preparados para superar isso", comentou o técnico Dunga.

Para selar a ascensão coletiva no final de ano, o técnico Dunga conta com o privilégio de mandar a campo sua equipe titular ideal pela terceira vez consecutiva, em série inédita em sua gestão na seleção. Para isso, no entanto, Ronaldinho Gaúcho precisa estar no gramado. O meia-atacante do Barcelona, que foi dúvida ao longo da semana em razão de uma lesão no tornozelo, participou normalmente do treino de reconhecimento do estádio Monumental e deve começar o choque contra os peruanos.

Como mais um item para motivação, a equipe de Dunga carregará para o gramado do Monumental Ate uma herança que se deve quase integralmente à seleção de Parreira. Há cinco jogos, ou três anos, que o Brasil não consegue uma vitória como visitante nas eliminatórias (todo o segundo turno do torneio qualificatório passado). Nesse quesito, o time atual traz o incômodo resultado da estréia, no empate sem gols com a Colômbia em Bogotá.

"Ganhar fora de casa é importante para gente. No jogo com a Colômbia aconteceram algumas situações, como a chuva, que prejudicaram. Não conseguimos mostrar nosso futebol. Vamos tentar impor nosso jogo contra o Peru para ver se terminamos o ano com dez pontos", afirmou Juan, com uma projeção de duas vitórias, em referência ainda ao último compromisso de 2007, diante do Uruguai em São Paulo na quarta-feira.

Além do efeito moral de voltar a ganhar fora de casa nas eliminatórias, um eventual triunfo em Lima também mantém o Brasil na cola da Argentina, que lidera o torneio qualificatório do continente para o Mundial da África do Sul. No sábado, os argentinos venceram a Bolívia por 3 a 0 e sustentaram a campanha de 100% de aproveitamento, com nove pontos somados.

O Peru, por sua vez, entra em campo já em situação delicada na arrancada das eliminatórias sul-americanas. A equipe da casa vem de resultados ruins nas duas primeiras rodadas e, apesar de aparente imenso desequilíbrio técnico entre os adversários, tem obrigação de demonstrar alguma atitude de time mandante para buscar um placar satisfatório que melhore sua posição na classificação.

Depois de empate em casa com Paraguai e derrota para o Chile, os peruanos do técnico José del Solar prometem não entrar na onda que se evidencia entre torcida e imprensa, de que o jogo já começa perdido e que "quantos menos gols tomarmos melhor". O treinador, inclusive, pediu para que seus jogadores não se deixassem levar pela aura de intocáveis dos rivais brasileiros, dizendo que "os brasileiros jogam futebol com duas pernas, assim como nós".

Data: 18/11/2007 (domingo) Horário: 18h10 Local: estádio Monumental Ate, em Lima (PER) Árbitro: Carlos Torres (Paraguai)

Peru

Leao Butrón; Guillermo Salas, Santiago Acasiete, Rodríguez, Juan Manuel Vargas; Paolo De la Haza, Juan Jayo, Nolberto Solano, Jefferson Farfán; Claudio Pizarro e Paolo Guerrero Técnico: José del Solar

Brasil

Júlio César; Maicon, Juan, Lúcio, Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Kaká, Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Vagner Love Técnico: Dunga





Fonte: Folha Online

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