Opep promete garantir abastecimento "suficiente e confiável" de petróleo
A Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) comprometeu-se neste domingo a abastecer os mercados de forma "suficiente e confiável", segundo comunicado da cúpula de Riad. "Decidimos continuar assegurando o abastecimento do mercado de petróleo de modo a responder às necessidades mundiais".
A organização também destacou a importância da paz mundial para manter a estabilidade dos mercados. O comunicado assinala que a Opep entende trabalhar com todas as partes "para assegurar o equilíbrio mundial com preços convenientes para garantir melhor qualidade de vida no planeta".
Os preços do petróleo vêm registrando fortes altas nos últimos meses. No início do mês, o barril negociado em Nova York atingiu o valor recorde de US$ 98,62. A desvalorização do dólar, a chegada do inverno no hemisfério norte e principalmente as tensões geopolíticas em regiões produtoras, como o Irã e a Turquia, têm exercido forte influência sobre o preço do combustível.
"Reconhecemos o papel primordial da Opep para satisfazer as necessidades mundiais de energia, aí compreendidos os países em desenvolvimento, e para assegurar o fornecimento de energia aos consumidores de maneira econômica e contínua, preservando o direito dos produtores a rendimentos aceitáveis, estáveis e justos, assim como aos investidores", diz também o texto.
Os países membros da Opep possuem 77% das reservas de petróleo verificadas no planeta e o cartel fornece quase 40% do ouro negro mundial. Com a chegada do Equador, que se tornou o menor membro da OPEP na conferência de Riad, a organização volta a ter com dois membros latino-americanos.
Chavez ataca EUA
Na abertura da reunião neste sábado (17), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, O barril de petróleo chegará aos US$ 200 se os Estados Unidos atacarem o Irã ou agredirem novamente a Venezuela. No fim da reunião deste domingo Chávez voltou a ressaltar que a "a queda do dólar é a queda do império. Temos que estar preparados para isso", disse.
Em resposta ao presidente venezuelano o rei Abdullah, da Arábia Saudita, pediu moderação, e disse que o petróleo não deve ser usado para provocar conflitos.
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