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Continuam os lentos resgates em Bangladesh após passagem de ciclone
Nova Délhi, 17 nov (EFE).- Já transformado em uma zona de baixa pressão, o ciclone "Sidr" se desfez hoje após deixar pelo menos 1.795 mortos e 3,2 milhões de deslocados em sua passagem por Bangladesh, em meio aos lentos esforços para atenuar os efeitos da catástrofe e reconstruir os lares.
Segundo os meteorologistas, o "Sidr" ("Olho", em bengali), que por alguns momentos alcançou uma superfície quase do tamanho total de Bangladesh, foi o pior ciclone a atingir o país em um século, mas chegou à costa coincidindo com a maré baixa e isso evitou uma catástrofe maior.
Apesar disso, o ciclone deixou 1.795 mortos, segundo o Governo, embora fontes não-oficiais citadas pela agência "UNB" indiquem que poderia haver mais de 3 mil vítimas fatais.
Centenas de pessoas continuam desaparecidas. As linhas de telefone e a rede elétrica do país também começaram a funcionar em alguns pontos, o que facilita os trabalhos de resgate.
Um funcionário do Centro de Controle do Ministério de Gestão de Desastres bengali disse que as equipes ainda estão tentando chegar a algumas áreas do litoral e ilhas próximas.
"O número de mortos continuará aumentando. O mais importante agora é fazer a ajuda chegar aos sobreviventes. A ajuda que for, seja nacional e internacional. É preciso levar comida (aos cidadãos)", afirmou uma porta-voz do centro.
Os analistas se mostraram satisfeitos porque uma catástrofe maior foi evitada, graças aos planos de evacuação desenvolvidos há cinco anos e que tornaram possível que as autoridades alertassem a população para sair de casa com antecedência.
"Poderia ter causado uma catástrofe brutal se (o ciclone) tivesse coincidido com a maré alta", segundo a diretora do escritório de meteorologia, Samerendra Karmakar, que afirmou que os ventos de 233 km/h do ciclone marcam um triste recorde.
O "Sidr" destruiu milhares de hectares de cultivo e árvores, cabos elétricos e derrubou as precárias construções de bambu que servem como casa para milhões de habitantes do litoral.
Na noite de sexta-feira, o trabalho de resgate foi dificultado pelo corte de energia elétrica, que deixou todo o país sem luz e afetou gravemente o fornecimento de água, o sistema de transporte e as redes telefônicas.
Com a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho prestando assistência aos sobreviventes e a promessa da ONU de liberar milhões de dólares em ajudas, Bangladesh começou a receber os primeiros anúncios de outras contribuições internacionais.
Os Estados Unidos fretaram dois navios anfíbios com helicópteros e equipes de assistência médica, a União Européia anunciou uma ajuda de 1,5 milhão de euros (US$ 2,2 milhões) e a Alemanha doará mais 500 mil euros.
A ajuda contribuirá para melhorar uma situação que agora é de pura desolação, já que o trabalho do Exército, da Marinha, da Guarda Costeira e da Polícia não são suficientes para atender às necessidades dos milhões de desabrigados.
Em alguns povoados do litoral, como Rajeswar, Rampal e Dublarchar, os sobreviventes continuam procurando seus parentes em campos, arbustos e canais, com a esperança de encontrar sobreviventes, informou a agência "UNB".
As áreas mais afetadas são as regiões litorâneas de Bagerhat (com 610 mortos), Barguna (362), Patuakhali (249) e Pirojpur (254), mas ainda não se sabe o destino de mais de cem embarcações que não conseguiram retornar ao porto com a chegada do ciclone.
Os funcionários temem os efeitos do ciclone no delta do Sundarbans, uma área pantanosa onde vivem várias espécies protegidas, como o tigre de Bengala, e onde milhares de pessoas tiveram que improvisar abrigos em função da falta de espaço nos cinco centros adaptados da região.
Uma equipe da Marinha conseguiu ter acesso a duas das cinco ilhas do delta do Rio Ganges, mas o relato foi desolador. Os sobreviventes disseram que centenas de moradores de outras ilhas tinham sido arrastados pelo mar.
O "Sidr" causou um aumento de cinco metros do nível do oceano em um país onde 60 milhões de pessoas vivem a menos de 10 metros acima do nível do mar.
No entanto, a situação não é nova para os bengalis. Nos últimos 125 anos, foram registradas 80 tempestades que deixaram mais de 2 milhões de mortos em Bangladesh.
Em 1991, 150 mil pessoas morreram, mas o mais grave tufão foi registrado em 1970, com 500 mil mortos.
"O 'Sidr' foi mais forte que o registrado em 70. Pelo menos desta vez os alertas feitos cedo ajudaram as pessoas a procurarem abrigo, e mesmo assim o dano é colossal", disse à "UNB" um sobrevivente de 60 anos.
A evacuação em massa foi organizada na quarta-feira pelo Crescente Vermelho com um sistema especial de bandeiras e sinais sonoros, e possibilitaram que cerca de 600 mil pessoas fugissem para abrigos ou fossem para regiões mais altas.
Segundo os meteorologistas, o "Sidr" ("Olho", em bengali), que por alguns momentos alcançou uma superfície quase do tamanho total de Bangladesh, foi o pior ciclone a atingir o país em um século, mas chegou à costa coincidindo com a maré baixa e isso evitou uma catástrofe maior.
Apesar disso, o ciclone deixou 1.795 mortos, segundo o Governo, embora fontes não-oficiais citadas pela agência "UNB" indiquem que poderia haver mais de 3 mil vítimas fatais.
Centenas de pessoas continuam desaparecidas. As linhas de telefone e a rede elétrica do país também começaram a funcionar em alguns pontos, o que facilita os trabalhos de resgate.
Um funcionário do Centro de Controle do Ministério de Gestão de Desastres bengali disse que as equipes ainda estão tentando chegar a algumas áreas do litoral e ilhas próximas.
"O número de mortos continuará aumentando. O mais importante agora é fazer a ajuda chegar aos sobreviventes. A ajuda que for, seja nacional e internacional. É preciso levar comida (aos cidadãos)", afirmou uma porta-voz do centro.
Os analistas se mostraram satisfeitos porque uma catástrofe maior foi evitada, graças aos planos de evacuação desenvolvidos há cinco anos e que tornaram possível que as autoridades alertassem a população para sair de casa com antecedência.
"Poderia ter causado uma catástrofe brutal se (o ciclone) tivesse coincidido com a maré alta", segundo a diretora do escritório de meteorologia, Samerendra Karmakar, que afirmou que os ventos de 233 km/h do ciclone marcam um triste recorde.
O "Sidr" destruiu milhares de hectares de cultivo e árvores, cabos elétricos e derrubou as precárias construções de bambu que servem como casa para milhões de habitantes do litoral.
Na noite de sexta-feira, o trabalho de resgate foi dificultado pelo corte de energia elétrica, que deixou todo o país sem luz e afetou gravemente o fornecimento de água, o sistema de transporte e as redes telefônicas.
Com a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho prestando assistência aos sobreviventes e a promessa da ONU de liberar milhões de dólares em ajudas, Bangladesh começou a receber os primeiros anúncios de outras contribuições internacionais.
Os Estados Unidos fretaram dois navios anfíbios com helicópteros e equipes de assistência médica, a União Européia anunciou uma ajuda de 1,5 milhão de euros (US$ 2,2 milhões) e a Alemanha doará mais 500 mil euros.
A ajuda contribuirá para melhorar uma situação que agora é de pura desolação, já que o trabalho do Exército, da Marinha, da Guarda Costeira e da Polícia não são suficientes para atender às necessidades dos milhões de desabrigados.
Em alguns povoados do litoral, como Rajeswar, Rampal e Dublarchar, os sobreviventes continuam procurando seus parentes em campos, arbustos e canais, com a esperança de encontrar sobreviventes, informou a agência "UNB".
As áreas mais afetadas são as regiões litorâneas de Bagerhat (com 610 mortos), Barguna (362), Patuakhali (249) e Pirojpur (254), mas ainda não se sabe o destino de mais de cem embarcações que não conseguiram retornar ao porto com a chegada do ciclone.
Os funcionários temem os efeitos do ciclone no delta do Sundarbans, uma área pantanosa onde vivem várias espécies protegidas, como o tigre de Bengala, e onde milhares de pessoas tiveram que improvisar abrigos em função da falta de espaço nos cinco centros adaptados da região.
Uma equipe da Marinha conseguiu ter acesso a duas das cinco ilhas do delta do Rio Ganges, mas o relato foi desolador. Os sobreviventes disseram que centenas de moradores de outras ilhas tinham sido arrastados pelo mar.
O "Sidr" causou um aumento de cinco metros do nível do oceano em um país onde 60 milhões de pessoas vivem a menos de 10 metros acima do nível do mar.
No entanto, a situação não é nova para os bengalis. Nos últimos 125 anos, foram registradas 80 tempestades que deixaram mais de 2 milhões de mortos em Bangladesh.
Em 1991, 150 mil pessoas morreram, mas o mais grave tufão foi registrado em 1970, com 500 mil mortos.
"O 'Sidr' foi mais forte que o registrado em 70. Pelo menos desta vez os alertas feitos cedo ajudaram as pessoas a procurarem abrigo, e mesmo assim o dano é colossal", disse à "UNB" um sobrevivente de 60 anos.
A evacuação em massa foi organizada na quarta-feira pelo Crescente Vermelho com um sistema especial de bandeiras e sinais sonoros, e possibilitaram que cerca de 600 mil pessoas fugissem para abrigos ou fossem para regiões mais altas.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198030/visualizar/
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