Número de mortos após ciclone em Bangladesh sobe para 425
Os números do governo ainda apontam para 242 vítimas. Mas a contagem da "United News of Bangladesh" é considerada mais rápida que a oficial porque a agência tem repórteres espalhados por várias regiões do país.
O ciclone tropical, nomeado como "Sidr", foi um dos mais fortes a atingir a Ásia nos últimos anos. Com ventos de até 240 km/h e muita chuva, "Sidr" causou também inundações e muitos estragos.
Várias regiões estão sem energia elétrica e o transporte rodoviário teve que ser suspenso. Os principais portos do país permanecem fechados e mais de 600 mil pessoas tiveram que ser levadas para abrigos em áreas mais seguras.
Apesar do ciclone ter perdido força, os meteorologistas alertam para novas tempestades no norte do país nos próximos dias.
Segundo o escritório do Programa de Preparação para Ciclones, mais de mil pessoas estão desaparecidas no distrito de Barisal, no sul do país, e as comunicações com outros distritos continuam bloqueadas.
A maioria das vítimas fatais é de pessoas que se refugiaram em suas pequenas casas de bambu, insuficientes para protegê-las do furacão.
O ciclone atingiu o sul de Bangladesh na madrugada de quinta para sexta-feira, e depois se deslocou para o centro do país, onde fica a capital, Daca.
O aeroporto internacional da capital suspendeu suas operações, enquanto o maior porto do país, situado na cidade de Chittagong, também permanece fechado hoje.
As autoridades estão agora preocupadas com o destino de dezenas de pequenas embarcações que não conseguiram retornar à costa devido ao furacão.
História de destruição
Na memória dos bengaleses ainda está a imagem do ciclone que assolou o país em 1991 e causou a morte de 150 mil pessoas, após gerar uma onda de oito metros.
Segundo os cálculos dos meteorologistas, nos últimos 125 anos o litoral de Bangladesh foi atingido por 80 grandes tempestades, que deixaram 2 milhões de mortos e milhões de desabrigados.
A passagem do ciclone por Bangladesh ocorre depois de o país ter sido atingido, nos meses de julho e agosto, por graves inundações devido às chuvas de monção, com a morte de cerca de 500 pessoas.
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