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Saúde
Sexta - 16 de Novembro de 2007 às 02:41

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Uma pesquisa realizada em nove países revelou que mais de 40% das pessoas não consideram a Aids uma doença fatal.

A pesquisa realizada pelo MAC Aids Fund, o braço filantrópico da empresa de cosméticos MAC, pertencente ao grupo Estée Lauder, ouviu cerca de 500 pessoas nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, na França, na Rússia, na China, na Índia, na África do Sul, no México e no Brasil.

Segundo os pesquisadores, muitos dos entrevistados acreditam que a Aids tem cura. Esse percentual chegou a 59% na Índia.

O levantamento também revelou que cerca de metade das pessoas acredita que a maioria dos portadores do vírus HIV (causador da Aids) recebem tratamento - quando, na verdade, no ano passado apenas uma em cada cinco pessoas que necessitava de tratamento teve acesso.

Nos nove países pesquisados, a maioria dos entrevistados disse não se sentir à vontade em interagir com portadores do HIV.

Apesar do preconceito, a maioria das pessoas acredita que todos os segmentos da população correm risco de contrair o HIV e três em cada cinco entrevistados reconheceram que pessoas "responsáveis" também estão sujeitas a contrair o vírus.

Segundo a pesquisa, 85% das pessoas acreditam que o estigma e a vergonha são fatores que contribuem para a propagação do vírus HIV, e 76% disseram que a falta de acesso a tratamento também é um problema.

A pesquisa revelou que 73% das pessoas acreditam que um dos problemas que contribuem para a disseminação do HIV é a dificuldade das mulheres em discutir sexo seguro com seus parceiros, apesar de estar provado que o uso de preservativos é eficiente na prevenção da doença.

Os entrevistados no Brasil consideraram essa dificuldade das mulheres o mais importante de todos problemas que contribuem para a disseminação do vírus.

"Hoje, mais de 25 anos depois do surgimento da doença, é chocante perceber que (...) muitas pessoas ainda não se deram conta da realidade inegável de que o HIV/Aids permanece uma das principais causas de morte globais", disse Nancy Mahon, diretora-executiva do MAC Aids Fund. "Estigmas sociais que nos afligiam naquela época continuam a limitar o progresso (na luta contra a doença)."

No entanto, segundo Mahon, os resultados dessa nova pesquisa podem ajudar a melhorar as políticas de combate, prevenção e tratamento da Aids.





Fonte: BBC Brasil

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