Sarkozy e presidente suíça falam sobre negociações sobre reféns das Farc

Paris, 15 nov (EFE).- As negociações em curso para a libertação dos reféns da guerrilha colombiana foram abordadas hoje pelos presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e Suíça, Micheline Calmy-Rey, a cinco dias da visita a Paris do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que media neste assunto.

"França, Espanha e Suíça trabalham de forma arrumada" pela libertação de "um certo número de pessoas na Colômbia", disse a presidente da federação helvécia após o encontro com Sarkozy.

Calmy-Rey se limitou a assinalar que "o trabalho continua", ao ser perguntada sobre possíveis progressos nas negociações.

Os três países exercem desde há alguns anos seus bons ofícios para tratar de facilitar um acordo humanitário entre o Governo do presidente colombiano, Álvaro Uribe, e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), para a libertação dos reféns, entre eles a colombo-francesa Ingrid Betancourt.

O presidente da Venezuela, que há alguns meses protagoniza um trabalho de mediação e se reuniu este mês com emissários das Farc, chega na próxima terça-feira a Paris, onde se reunirá com Sarkozy.

Segundo o porta-voz do Palácio do Eliseu, os dois falarão da mediação empreendida por Chávez e analisarão a situação para ver como avançar no processo de diálogo entre o Governo colombiano e as Farc.

Em entrevista à rede "France24", prévia a sua visita à França, Chávez assegurou que antes do dia 20 de novembro confia em que haja alguma prova que Betancourt está viva.

Além disso, assinalou sua esperança de poder contar com a autorização do Governo de Uribe para poder se reunir com o líder das Farc Manuel Marulanda.