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Estabilidade do mercado é tarefa que deve ser compartilhada, diz Opep
Riad, 15 nov (EFE).- A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deu início hoje aos preparativos oficiais da cúpula de sábado e domingo em Riad, na Arábia Saudita, com a advertência que a estabilidade do mercado é uma responsabilidade que deve ser compartilhada por produtores e consumidores.
"A Opep não é a única responsável pela obtenção de um preço aceitável. Isso requer uma maior cooperação entre os produtores e os consumidores", disse o ministro do Petróleo interino do Kuwait, Mohammed Abdullah al-Aleem.
O delegado kuwaitiano fez a declaração em um simpósio dedicado ao futuro do petróleo e do gás, onde ministros e especialistas do setor destacaram a "responsabilidade compartilhada" e a necessidade de que os consumidores também garantam a demanda, e não apenas os produtores a oferta.
O anfitrião do fórum, o ministro saudita Ali bin Ibrahim al-Naimi, considerou que a cooperação entre todos os personagens do mercado "é agora mais necessária que nunca", não apenas para estabilizar os preços, como também para lutar contra a mudança climática.
"A Arábia saudita e a Opep estão preocupadas com o meio ambiente", disse.
"Necessitamos combater as emissões de poluentes. Há tecnologia disponível para reduzir essas emissões e a Arábia Saudita está preparada para trabalhar com essas tecnologias", acrescentou.
O ministro das Minas e Petróleo equatoriano, Galo Chiriboga, expressou o compromisso de seu país, que acaba de retornar à Opep após tê-la abandonado em 1992, com o desenvolvimento da indústria petrolífera, mas respeitando o meio ambiente.
O fórum voltou sua atenção para os mercados globais de petróleo, onde os preços mantinham grande volatilidade, após terem ameaçado romper a barreira dos US$ 100 por barril na semana passada.
Mas os participantes do simpósio deram ênfase a problemas no longo prazo, e especialmente ao meio ambiente, às vésperas da conferência da ONU sobre mudança climática a ser realizado em dezembro em Bali (Indonésia) e onde a Opep estará representada por seu secretário-geral, Abdala el-Badri.
Mas apesar das pressões ocidentais para que o grupo aumente sua oferta a fim de aliviar a pressão de alta, o líder da Opep reiterou hoje que dados que a organização possui apontam para o fato de que a escalada dos preços não é justificada pela relação entre oferta e procura.
O relatório mensal da organização, publicado hoje, até revisa para baixo sua previsão sobre o crescimento da demanda mundial de petróleo em 2007 e 2008, devido em grande parte a uma redução do consumo nos Estados Unidos e na Europa causada pela alta dos preços.
"A situação da oferta e da procura no curto prazo é ambígua (...) Este assunto será tratado durante a reunião (ministerial) de Abu Dhabi", em 5 de dezembro, disse, por sua vez, o ministro kuwaitiano.
Seu homólogo do Iraque, Hussein al-Shahristani, afirmou, por sua vez, que o atual preço "não afeta o crescimento (da economia) mundial".
"Se pensarmos bem, veremos que a margem de ganho (dos produtores) não aumenta há 25 anos", disse.
A Opep "atuará em favor da estabilidade, mas também os preços devem permitir uma receita aceitável para os produtores", acrescentou.
Os delegados presentes ao encontro atribuíram as altas do "ouro negro" às preocupações geopolíticas, ao enfraquecimento do dólar e a especulações financeiras.
O simpósio inaugurado hoje é a primeira das atividades preparatórias da cúpula que os chefes de Estado dos países que compõem a Opep realizarão no sábado e no domingo próximos, a terceira desde a criação do cartel em 1960.
"A Opep não é a única responsável pela obtenção de um preço aceitável. Isso requer uma maior cooperação entre os produtores e os consumidores", disse o ministro do Petróleo interino do Kuwait, Mohammed Abdullah al-Aleem.
O delegado kuwaitiano fez a declaração em um simpósio dedicado ao futuro do petróleo e do gás, onde ministros e especialistas do setor destacaram a "responsabilidade compartilhada" e a necessidade de que os consumidores também garantam a demanda, e não apenas os produtores a oferta.
O anfitrião do fórum, o ministro saudita Ali bin Ibrahim al-Naimi, considerou que a cooperação entre todos os personagens do mercado "é agora mais necessária que nunca", não apenas para estabilizar os preços, como também para lutar contra a mudança climática.
"A Arábia saudita e a Opep estão preocupadas com o meio ambiente", disse.
"Necessitamos combater as emissões de poluentes. Há tecnologia disponível para reduzir essas emissões e a Arábia Saudita está preparada para trabalhar com essas tecnologias", acrescentou.
O ministro das Minas e Petróleo equatoriano, Galo Chiriboga, expressou o compromisso de seu país, que acaba de retornar à Opep após tê-la abandonado em 1992, com o desenvolvimento da indústria petrolífera, mas respeitando o meio ambiente.
O fórum voltou sua atenção para os mercados globais de petróleo, onde os preços mantinham grande volatilidade, após terem ameaçado romper a barreira dos US$ 100 por barril na semana passada.
Mas os participantes do simpósio deram ênfase a problemas no longo prazo, e especialmente ao meio ambiente, às vésperas da conferência da ONU sobre mudança climática a ser realizado em dezembro em Bali (Indonésia) e onde a Opep estará representada por seu secretário-geral, Abdala el-Badri.
Mas apesar das pressões ocidentais para que o grupo aumente sua oferta a fim de aliviar a pressão de alta, o líder da Opep reiterou hoje que dados que a organização possui apontam para o fato de que a escalada dos preços não é justificada pela relação entre oferta e procura.
O relatório mensal da organização, publicado hoje, até revisa para baixo sua previsão sobre o crescimento da demanda mundial de petróleo em 2007 e 2008, devido em grande parte a uma redução do consumo nos Estados Unidos e na Europa causada pela alta dos preços.
"A situação da oferta e da procura no curto prazo é ambígua (...) Este assunto será tratado durante a reunião (ministerial) de Abu Dhabi", em 5 de dezembro, disse, por sua vez, o ministro kuwaitiano.
Seu homólogo do Iraque, Hussein al-Shahristani, afirmou, por sua vez, que o atual preço "não afeta o crescimento (da economia) mundial".
"Se pensarmos bem, veremos que a margem de ganho (dos produtores) não aumenta há 25 anos", disse.
A Opep "atuará em favor da estabilidade, mas também os preços devem permitir uma receita aceitável para os produtores", acrescentou.
Os delegados presentes ao encontro atribuíram as altas do "ouro negro" às preocupações geopolíticas, ao enfraquecimento do dólar e a especulações financeiras.
O simpósio inaugurado hoje é a primeira das atividades preparatórias da cúpula que os chefes de Estado dos países que compõem a Opep realizarão no sábado e no domingo próximos, a terceira desde a criação do cartel em 1960.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198283/visualizar/
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