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Internacional
Quinta - 15 de Novembro de 2007 às 14:43

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Pequim, 15 nov (EFE).- Uma equipe de médicos chineses descobriu uma técnica alternativa à vasectomia que oferece melhor reversibilidade, sem oferecer riscos para o paciente e com 97% de efetividade, informou na edição de hoje o jornal "China Daily".

A nova técnica consiste em praticar uma pequena incisão no testículo para introduzir um tubo do tamanho de um fósforo que funciona como um filtro que bloqueia o esperma.

Esta operação pode durar 10 minutos e o tubo pode ser extraído sem efeitos negativos para a saúde sexual do homem, segundo os seus inventores.

A descoberta foi realizada na cidade de Cantão (na província de mesmo nome) por uma equipe dirigida pelo diretor do Centro de Tecnologia de Planejamento Familiar de Cantão, Wu Weixiong.

"A percentagem de efetividade desta forma de controle de natalidade é de 97%", disse Wu.

Apesar de todas as vantagens, o médico ressaltou que "a operação é muito difícil e requer especialistas altamente qualificados".

O método foi patenteado na China e o departamento de Saúde começará a promovê-lo assim que for aprovado pela Administração Nacional de Alimentos e Remédios, afirmou o vice-presidente da Associação de Sexologia de Cantão, Zhu Jiaming.

Zhu espera que a aprovação seja estendida antes de 2008.

A China é o país mais povoado do mundo, com mais de 1,3 bilhão de habitantes, o que representa enormes problemas, por isso há três décadas existe a proibição de mais de um filho por família, e uma grande acessibilidade a abortos e esterilizações.

No entanto, o novo método conta com obstáculos como a pouca rede hospitalar e sua qualidade, pois poucos centros e profissionais têm capacidade e habilidades para praticar esta esterilização, de acordo com o doutor Wu.

O especialista pediu que sejam realizados cursos de preparação para usar este método de modo que ele seja aplicável em um maior número de hospitais.

"O êxito nas operações feitas foi de quase 100%", informou o funcionário da comissão de planejamento familiar da província, Duan Jianhua.

A pesquisa sobre o novo método foi iniciada em Pequim há quatro anos, com o patrocínio do Governo central, e aperfeiçoada por meio de 1.600 testes clínicos feitos em todo o país.

Mais de 500 homens na cidade de Qingyuan já foram operados e nenhum deles apresentou efeitos secundários.

Outro problema para a aplicação do método é que os serviços médicos não são gratuitos no país comunista, mas os defensores do novo método ressaltam que ele custará "só alguns milhares de iuanes", o que na China é equivalente a um bom salário mensal.

As mulheres receberam de forma muito positiva a operação para os homens, que as libera do uso do Dispositivo Intrauterino (DIU). "Parece ser muito boa. Fará com que muitas mulheres se sintam mais respeitadas pela sociedade do que antes", disse a moradora de Cantão Liu Jun.




Fonte: EFE

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