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Economia
Quarta - 14 de Novembro de 2007 às 18:38

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O presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Mauro Mendes, anunciou hoje que a entidade notificou judicialmente a Presidência da República, com o intuito de obter uma solução definitiva para o fornecimento de gás natural boliviano ao Estado. A ausência do produto em Mato Grosso ocorre há cerca de 80 dias, apesar de haver um contrato em vigor que garante o fornecimento.

Com a falta do gás, o sistema elétrico mato-grossense fica vulnerável, prejudicando o funcionamento das empresas e indústrias instaladas no Estado, além das perspectivas de novos investimentos. “Queremos uma ação concreta por parte do governo federal. Não devemos nos conformar com a situação atual, pois, após a paralisação da térmelétrica, já tivemos mais de 30 apagões em Mato Grosso. O cenário é inaceitável”, afirma o presidente da Fiemt.

Mendes explicou que depois da nacionalização das reservas de gás natural da Bolívia, o governo federal aceitou o aumento de quase 300% no preço do gás fornecido para Mato Grosso e a redução pela metade do volume contratado, em troca da garantia de fornecimento. “Mesmo com essas concessões, o governo boliviano continua a descumprir o acordo com o Brasil e, desde o final de agosto, o Estado sofre consequências com a falta do produto. Essas concessões não podem ter sido feitas em vão”.

O presidente também criticou a prioridade no atendimento à Petrobras e à Argentina em detrimento do mercado mato-grossense.

Mendes defende que o problema de fornecimento de gás natural seja tratado pelo governo com a mesma importância que vem sendo dispensada aos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. “Mato Grosso não pode ser esquecido nas tratativas do governo brasileiro com o boliviano. É importante que o Presidente Lula perceba a gravidade da situação e inclua o nosso Estado na pauta de discussão com a Bolívia em sua próxima visita ao país”.

As recentes declarações do ministro de Hidrocarburos e Energia da Bolívia, Carlos Villegas, afirmando que o país vizinho vem cumprindo com o contrato, são criticadas por Mauro Mendes. “O ministro falta com a verdade, pois desde final de agosto o fornecimento de gás a Cuiabá está interrompido. Nem o compromisso de fornecimento mínimo de 1,1 milhão de m³/dia, nem a prioridade de atendimento estão sendo cumpridos”, disse.





Fonte: TVCA

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