A mãe biológica do menino de dois anos que está internado em estado grave no Hospital Jardim Cuiabá foi localizada pelo Conselho Tutelar de Várzea Grande. A criança teria sido agredida pela madrasta, Viviane Regina Marafon, de 26 anos, presa anteontem. O crime ocorreu no dia 16 de abril e, desde então, o menino está recebendo assistência médica.
Segundo a Polícia Civil, a mãe mora em Marcelândia (cidade a 950 quilômetros da Capital) e foi contatada. Ela se dispôs a viajar até Cuiabá para cuidar do filho.
Segundo os conselheiros, com a prisão da madrasta, faltava alguém para cuidar do menino, uma vez que o pai, também investigado no espancamento, estaria foragido. Ele não foi mais visto em casa nos últimos dias.
Em depoimento à delegada Daniela Maidel, a suspeita confessou o crime. “Eu e o pai das crianças costumamos bater. Não tinha paciência, são quatro crianças para cuidar”, alegou. Ela havia dado três depoimentos diferentes até que a mãe dela pediu para que “contasse a verdade logo”.
Conforme as investigações, por conta de um empurrão a criança bateu com a cabeça contra a parede e teve um edema cerebral. A agressão teria ocorrido por volta das 16 horas, mas a família somente pediu socorro às 22 horas, quando uma equipe do Samu chegou e levou a criança com várias convulsões até o Pronto Socorro Municipal de Várzea Grande. No mesmo dia o menino deu entrada na UTI do Hospital Jardim Cuiabá, onde permanece até hoje.
A suspeita morava em uma casa no Jardim dos Estados, com quatro crianças, dois filhos dela - um menino de 6 anos e menina de 1 - e dois filhos do companheiro, o menino agredido e irmão de 1 ano e três meses, que também sofreu agressão da madrasta. Durante a investigação, a criança apareceu com o braço quebrado.
A madrasta contou que os meninos do companheiro eram muito desobedientes e que acabava se excedendo quando lhe chamava a atenção. Ela também confessou que quebrou "sem querer" o braço do irmão menor, do menino internado.
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