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Agronegócios
Quarta - 14 de Novembro de 2007 às 09:11

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A oferta reduzida de boi gordo - que fez o preço da arroba atingir o recorde de R$ 73 ontem em São Paulo - já está afetando a exportação de carne. Pelo segundo mês consecutivo os embarques caíram. No entanto, no acumulado do ano, as vendas são maiores tanto em volume quanto em receita em relação a igual período anterior. De acordo com os dados divulgados ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Carne (Abiec), o País comercializou em outubro com o exterior 221 mil toneladas - 4,5% menos que no mesmo mês do ano passado -, somando US$ 410 milhões - um acréscimo de 4,6%, na mesma comparação. Em setembro as vendas já haviam caído 4,2%, totalizando 193,5 mil toneladas. No acumulado do ano a receita cambial aumentou 16% em relação ao mesmo período de 2006, totalizando US$ 3,7 bilhões, enquanto os embarques foram de 2,175 milhões de toneladas, ou 10,53% acima, na mesma comparação.

Para o presidente da Abiec, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, as reduções consecutivas - que podem se repetir em novembro - não vão mudar significativamente as projeções para o ano. A estimativa é que o volume cresça entre 5% e 10% na comparação com 2006 e a receita entre 16% e 20%. "Nosso objetivo não é aumentar o volume, mas melhorar os preços", afirma. E é o que as indústrias têm feito, inclusive com a venda de produtos de maior valor agregado.

Outro fator de queda é o fator "Inglaterra". Pratini de Moraes explica que há no Reino Unido uma campanha contra a carne brasileira. "Trata-se do desespero de um país que só sobrevive por subsídio", diz. A Inglaterra foi o único país, na lista dos principais compradores europeus de carne in natura, em que as exportações brasileiras sofreram queda expressiva. Até outubro a receita cambial foi de US$ 104 milhões - 39% a menos - e o volume, 34 mil toneladas - redução de 60% na mesma comparação. Além da campanha contra a carne brasileira, os focos de febre aftosa no Reino Unido reduziram o consumo no país. Segundo ele, o problema na Inglaterra é de mercado, que se resolverá. Acrescenta que o Brasil buscado novos compradores e anunciou a vinda de uma missão chinesa e a ampliação dos embarques para a Malásia.

A Rússia manteve a liderança na compra de carne in natura: (531 mil toneladas ou US$ 735 milhões) e os Estados Unidos na industrializada (US$ 242 milhões ou 133 mil toneladas).





Fonte: Gazeta Mercantil

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