Falta de boi gordo afeta exportações de carne
Para o presidente da Abiec, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, as reduções consecutivas - que podem se repetir em novembro - não vão mudar significativamente as projeções para o ano. A estimativa é que o volume cresça entre 5% e 10% na comparação com 2006 e a receita entre 16% e 20%. "Nosso objetivo não é aumentar o volume, mas melhorar os preços", afirma. E é o que as indústrias têm feito, inclusive com a venda de produtos de maior valor agregado.
Outro fator de queda é o fator "Inglaterra". Pratini de Moraes explica que há no Reino Unido uma campanha contra a carne brasileira. "Trata-se do desespero de um país que só sobrevive por subsídio", diz. A Inglaterra foi o único país, na lista dos principais compradores europeus de carne in natura, em que as exportações brasileiras sofreram queda expressiva. Até outubro a receita cambial foi de US$ 104 milhões - 39% a menos - e o volume, 34 mil toneladas - redução de 60% na mesma comparação. Além da campanha contra a carne brasileira, os focos de febre aftosa no Reino Unido reduziram o consumo no país. Segundo ele, o problema na Inglaterra é de mercado, que se resolverá. Acrescenta que o Brasil buscado novos compradores e anunciou a vinda de uma missão chinesa e a ampliação dos embarques para a Malásia.
A Rússia manteve a liderança na compra de carne in natura: (531 mil toneladas ou US$ 735 milhões) e os Estados Unidos na industrializada (US$ 242 milhões ou 133 mil toneladas).
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