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Agronegócios
Quarta - 14 de Novembro de 2007 às 07:37

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O Grupo Marfrig, que teve uma receita bruta de R$ 2,518 bilhões de janeiro a setembro deste ano, deve elevar sua capacidade de abate em 55% até o início do próximo ano na comparação com o fim do terceiro trimestre, informou ontem a empresa em teleconferência com analistas. No Brasil, onde tem nove unidades de abate, a capacidade sairá de 10.300 animais por dia para 13.300 animais, segundo o diretor de relações com investidores Ricardo Florence. O incremento após investimentos para a expansão de cinco plantas.

A empresa também prevê elevar a capacidade de 700 bois por dia para 4.030 animais por dia na Argentina, onde acaba de adquirir os frigoríficos Best Beef e Estancias del Sur e prevê finalizar hoje a aquisição de 70,51% das ações do Quickfood .No Uruguai, a capacidade de abate deve sair de 2.700 animais para 3.900 cabeças por dia com a compra, que também deve ser fechada hoje, do Colonia.

O presidente do Marfrig, Marcos Molina, disse que o foco é "aumentar a capacidade de utilização das plantas [já existentes] no Brasil". "Faz tempo que não compramos nada no Brasil. Só interessa se for numa região que não temos planta".

De janeiro a setembro, o grupo investiu R$ 457 milhões, sendo R$ 194,7 milhões em aquisições no Brasil e exterior e R$ 262,3 milhões na construção, modernização e expansão de unidades.

Florence destacou o "o ambiente nada fácil no mercado no terceiro trimestre" em decorrência da alta do boi gordo e da queda do dólar. Ele disse que ainda assim a empresa conseguiu elevar em 59,9% sua receita no acumulado até setembro, crescendo mais do que os 50% projetados no ano.

Sobre a alta da matéria-prima, em decorrência da menor oferta e da entressafra, disse que a estratégia do Marfrig é a "eficiência na compra do gado". Isso inclui concentrar os abates onde há melhores preços para o boi gordo.

Dentro da estratégia de garantir a oferta de boi na entressafra, James Cruden, diretor operacional, afirmou que o Marfrig deve implantar, no próximo ano, mais três ou quatro confinamentos de gado bovino no Brasil, perto das regiões onde tem abatedouro. A pretensão é ter confinamentos com capacidade de 50 mil cabeças cada. Hoje a empresa já tem confinamento para 40 mil animais em São Paulo.

Molina disse que com as novas aquisições, a empresa poderá melhorar suas margens e rentabilidade. As aquisições têm potencial para elevar em mais de 50%, disse.

Para driblar a queda do dólar, o Marfrig reduziu as exportações a partir do Brasil, aproveitando a boa demanda doméstica. No terceiro trimestre, a empresa exportou R$ 316,4 milhões a partir do Brasil, 7,3% menos que no trimestre anterior. Na mesma comparação, as vendas externas a partir das unidades fora do Brasil cresceram 31,7%, para R$ 146,3 milhões.





Fonte: Valor Online

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