Sadia faz alerta sobre fim de incentivos
Ao mesmo tempo em que esteve no Poder Executivo e no Legislativo para apresentar seus planos, o diretor-superintendente do Grupo Sadia, Gilberto Tomazzoni, deu um banho de água fria nos deputados estaduais ao alertar que, sem incentivos fiscais, a empresa não se instalaria no Estado, em que pese reconhecer os pontos favoráveis propiciados para a criação de aves, suínos e bovinos. "Mato Grosso tem um dos menores incentivos", disse.
Para ele, os investimentos feitos no Estado farão a empresa ter um salto de qualidade, e a contrapartida serão os 15 mil empregos diretos e outros 45 mil indiretos e um faturamento anual que chegará entre R$ 3 a R$ 4,5 bilhões nos próximos anos.
Com Maggi a Sadia assinou um termo de cooperação que se funcionar vai demandar a instalação de mais uma unidade de processamento de aves, só que em Campo Verde, e os aviários em Acorizal. Segundo o deputado Otaviano Pivetta (PDT) as ações vão inserir a região da baixada cuiabana no processo de crescimento econômico.
Blairo Maggi enfatizou que é possível produzir frango na região e que a iniciativa vai impulsionar a economia. "Essa região não conseguiu ainda se beneficiar do processo de desenvolvimento, mas com esses investimentos vão distribuir a renda e beneficiar toda essa população".
Ele agradeceu aos dirigentes da empresa lembrando que os incentivos fiscais também contribuíram para esta iniciativa. "Não tenho nenhum receio de questionamentos sobre os incentivos fiscais praticados no Estado porque não fizemos nada às escondidas. As empresas não viriam para cá sem os incentivos. Se for preciso fazer mais algum ajuste ou mesmo outra concessão o governo vai fazer porque para o governo, mais importante que o recurso não recolhido é que isso se reverta em emprego e renda", enfatizou.
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