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Presos funcionário do Senado e mais 18 por contrabando
BRASÍLIA - A Polícia Federal prendeu hoje, na Operação Sete Erros, 19 pessoas envolvidas num esquema de contrabando de equipamentos eletrônicos e de informática para Brasília, procedentes do Paraguai. Um dos presos, Carlos Rudiney Arguelho Mattoso, trabalhava como assessor parlamentar, lotado na Presidência do Senado desde de março de 2005. Assim que foi informado da prisão, o presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), mandou exonerar o assessor que, segundo nota oficial, "prestava serviços como fotógrafo na Presidência do Senado".
A quadrilha do contrabando eletrônico era comandada por sete irmãos libaneses que, segundo a PF, usariam empresas de fachada e CPFs falsos para fazer uma importação sistemática de mercadorias do Paraguai sem pagamento de impostos. O nome da operação (Sete Erros) é uma alusão aos irmãos, que têm dupla nacionalidade. Os equipamentos eram comercializados numa rede de barracas ligada à quadrilha, na Feira dos Importados, apelidada de "Feira do Paraguai", a cerca de dez quilômetros do Palácio do Planalto. Nove barracas foram fechadas hoje e outras vinte são investigadas.
Em 31 mandados de busca, a PF apreendeu grande quantidade de mercadorias, quase R$ 300 mil em reais, dólares e euros, além de 11 carros, a maior parte importados de luxo. Entre os presos, dois foram capturados em Foz do Iguaçu (PR) e 17 em Brasília. Um deles é o policial civil Reinaldo de Barros Miranda, que mantinha a quadrilha informada sobre as operações e investigações da polícia.
Investigação
Conforme as investigações, Rudiney tinha ligação antiga com a quadrilha e usava a cota de correspondência de dois deputados do PMDB alagoanos - Olavo Calheiros, irmão de Renan, e Joaquim Beltrão, aliado do senador - para remeter equipamentos contrabandeados para seus receptadores. Os dois parlamentares negaram, por meio da assessoria, saber que Rudiney o fizesse. A assessoria de Renan informou que o senador desconhecia as atividades ilícitas do funcionário, que começou a trabalhar na Presidência do Senado duas semanas antes da eleição de Renan para o primeiro mandato no comando do Congresso, em 2005. Os advogados do funcionário exonerado disseram que vão entrar com pedido de relaxamento da prisão.
O empresário José Augusto Cardoso, também preso, atuava como uma espécie de tesoureiro da quadrilha, esquentando dinheiro de origem ilícita e descontando cheques por meio de uma panificadora e um esquema de factoring. A superintendente da PF em Brasília, Walkíria Andrade, informou que a quadrilha vinha sendo investigada desde o final do ano passado. Ela disse que, num período de quatro meses, o esquema importou o equivalente a quase R$ 1 milhão em mercadorias.
Além dos sete irmãos, todos da família Diab, foram presos dois outros libaneses, um deles primo. São eles: Ali Ismael Diab, Hichan Hussein Diab, Mohamad Ismael Diab, Hassan Ismael Diab, Houssam Ismail Diab, Kassem Ismail Diab, Jamil Ismail Diab, Houssein Mohamad Diab, Sleiman Nassim El Kobrossy.
A quadrilha do contrabando eletrônico era comandada por sete irmãos libaneses que, segundo a PF, usariam empresas de fachada e CPFs falsos para fazer uma importação sistemática de mercadorias do Paraguai sem pagamento de impostos. O nome da operação (Sete Erros) é uma alusão aos irmãos, que têm dupla nacionalidade. Os equipamentos eram comercializados numa rede de barracas ligada à quadrilha, na Feira dos Importados, apelidada de "Feira do Paraguai", a cerca de dez quilômetros do Palácio do Planalto. Nove barracas foram fechadas hoje e outras vinte são investigadas.
Em 31 mandados de busca, a PF apreendeu grande quantidade de mercadorias, quase R$ 300 mil em reais, dólares e euros, além de 11 carros, a maior parte importados de luxo. Entre os presos, dois foram capturados em Foz do Iguaçu (PR) e 17 em Brasília. Um deles é o policial civil Reinaldo de Barros Miranda, que mantinha a quadrilha informada sobre as operações e investigações da polícia.
Investigação
Conforme as investigações, Rudiney tinha ligação antiga com a quadrilha e usava a cota de correspondência de dois deputados do PMDB alagoanos - Olavo Calheiros, irmão de Renan, e Joaquim Beltrão, aliado do senador - para remeter equipamentos contrabandeados para seus receptadores. Os dois parlamentares negaram, por meio da assessoria, saber que Rudiney o fizesse. A assessoria de Renan informou que o senador desconhecia as atividades ilícitas do funcionário, que começou a trabalhar na Presidência do Senado duas semanas antes da eleição de Renan para o primeiro mandato no comando do Congresso, em 2005. Os advogados do funcionário exonerado disseram que vão entrar com pedido de relaxamento da prisão.
O empresário José Augusto Cardoso, também preso, atuava como uma espécie de tesoureiro da quadrilha, esquentando dinheiro de origem ilícita e descontando cheques por meio de uma panificadora e um esquema de factoring. A superintendente da PF em Brasília, Walkíria Andrade, informou que a quadrilha vinha sendo investigada desde o final do ano passado. Ela disse que, num período de quatro meses, o esquema importou o equivalente a quase R$ 1 milhão em mercadorias.
Além dos sete irmãos, todos da família Diab, foram presos dois outros libaneses, um deles primo. São eles: Ali Ismael Diab, Hichan Hussein Diab, Mohamad Ismael Diab, Hassan Ismael Diab, Houssam Ismail Diab, Kassem Ismail Diab, Jamil Ismail Diab, Houssein Mohamad Diab, Sleiman Nassim El Kobrossy.
Fonte:
AE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198573/visualizar/
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