SPTrans aumentará fiscalização sobre ônibus fretado

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) deverá contratar até o fim de dezembro 270 agentes para aumentar a fiscalização dos ônibus fretados que circulam pela cidade de São Paulo. Já na próxima semana, fiscais em motocicletas irão tentar evitar os abusos cometidos por este tipo de condução.

Atualmente, mais de 3.700 fretados são registrados pela SPTrans, mas o total pode chegar a 6.000 se forem contabilizados os clandestinos que vêm de outros municípios para os centros de compras na capital.

A SPTrans diz que os fretados não podem estacionar nas ruas e nem circular nos corredores de ônibus onde o desembarque é feito pelo lado esquerdo, como nas avenidas Sto. Amaro, 9 de Julho e Rebouças. Na Avenida Paulista, a proibição vale para os horário de maior movimento, das 7h às 10h e das 16h às 20h.

Na região do Ibirapuera, os ônibus fretados ficam parados o dia inteiro. Eles trazem os passageiros e ficam aguardando a hora de voltar para pegá-los. No local, não há nenhuma placa indicando que se trata de um bolsão de estacionamento. Pelo contrário: há uma placa de “Proibido Estacionar”.

Os fretados não podem atrapalhar o trânsito, sob risco de multa e apreensão. Com o aumento na fiscalização, a Prefeitura planeja aumentar a ordem no trânsito. “Nossa intenção é manter uma disciplina, uma organização para que nenhum fretado atrapalhe o sistema urbano e vice-versa”, garante Ângelo Fêde, diretor de fiscalização da SPTrans.

As empresas de ônibus fretados, no entanto, reivindicam mais espaço para seus veículos. “Nós entendemos que as prioridades são ônibus urbano, ônibus em fretamento e automóveis. Em vias exclusivas, a gente deve poder circular dentro dos corredores e pontos de embarque e desembarque definidos pelo poder público e pela operação”, diz Jorge Miguel dos Santos, diretor da Associação de fretamento em São Paulo.