'Turismo hedonista' está em alta, diz pesquisa
Um relatório da consultoria Euromonitor International, apresentado no maior evento de turismo mundial (a World Travel Market 2007), diz que os viajantes entre 25 e 34 anos estão redefinindo o conceito de "férias" e trocando o descanso por festas que duram dias inteiros.
Segundo a pesquisa, o "turismo hedonista" está em alta principalmente nos Estados Unidos, onde hotéis de Las Vegas e companhias de cruzeiros oferecem festas regadas a muito álcool, visitas a clubes de strip-tease e passeios de limusine.
Alguns hotéis já oferecem festas à beira da piscina em que "cabanas" privadas, com cadeiras e mesas, são vendidas por até US$ 5 mil (cerca de R$ 8,7 mil) e uma garrafa de bebida pode chegar a US$ 400 (R$ 700).
"Procurando sempre superar a última festa, esses turistas, que estão ficando mais velhos e ganhando mais, vão continuar buscando atividades e experiências especiais, tornando o 'turismo hedonista' uma tendência de longo prazo, passada de geração em geração", diz o relatório.
A consultoria avalia que lugares como Buenos Aires, Cidade do Cabo e Macau podem se beneficiar dessa fatia do mercado turístico no futuro.
'Slow travel'
O documento também destaca outro tipo de turismo, o chamado "slow travel", que consiste em viagens mais tranqüilas, em que as pessoas se hospedam em fazendas, procurando apreciar a vida e a comida locais.
Essa tendência, que já é sucesso na Europa, estaria se espalhando para outras partes do mundo, incluindo o Brasil, onde o turismo doméstico rural é considerado um nicho em expansão.
Ainda segundo o relatório, o país estaria vivendo um bom momento tanto para viagens nacionais como internacionais devido à força da moeda brasileira.
Para a consultoria, outros tipos de turismo que tem grande potencial são as viagens religiosas no Oriente Médio - baseadas em atividades permitidas de acordo com a lei islâmica - e as viagens que têm como foco os bichinhos de estimação, em especial na Grã-Bretanha.
Segundo o relatório, algumas redes de hotel já começaram a oferecer produtos e serviços especiais para os animais que saem de férias junto com os donos, um investimento que pode trazer rendimentos anuais até 30% maiores para essas empresas.
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