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Saúde
Segunda - 12 de Novembro de 2007 às 13:38

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a interdição cautelar em todo o país de todos os lotes do anticoncepcional injetável Contracep, produzido pelo laboratório farmacêutico EMS Sigma Pharma. Segundo a Anvisa, duas resoluções foram publicadas nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial da União.

De acordo com a agência, a resolução 3541 prevê a suspensão da comercialização e do uso de três lotes do Contracep, determinada pela Vigilância Sanitária do estado de São Paulo na quinta-feira (8). Já a resolução 3543 prevê a interdição em todo o país da comercialização de todos os lotes do medicamento por 30 dias.

As medidas de precaução e proteção à saúde foram tomadas pela Anvisa e pela Vigilância Sanitária de São Paulo com base em análises de amostras do medicamento feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, que indicaram teor do princípio ativo, aspecto e volume "insatisfatórios".

De acordo com os laudos laboratoriais, as amostras analisadas apresentavam-se sob forma "geleificada", dificultando a aspiração de todo o conteúdo do anticoncepcional contido na ampola. Por conta disso, as consumidoras poderiam receber um volume menor do princípio ativo do medicamento, o que acarretaria riscos de inefetividade do contraceptivo.

Até o momento, a Anvisa não recebeu notificação sobre mulheres que engravidaram fazendo uso do Contracep injetável.

A Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo realizará nesta segunda-feira a inspeção no laboratório EMS, localizado em Hortolândia (SP).

Orientação

Mulheres que utilizaram o anticoncepcional devem tomar cuidados com uma possível gravidez. A recomendação é procurar um médico para fazer o teste de gravidez e usar outros métodos contraceptivos, como a camisinha, enquanto aguarda o resultado.

Caso o teste seja negativo, o médico poderá orientar para o uso de métodos contraceptivos mais adequados à paciente.

Procurada pelo G1, a assessoria do laboratório farmacêutico EMS Sigma Pharma informou que as medidas que serão tomadas devem seguir o modelo das que já foram efetuadas em São Paulo.

Segundo a nota divulgada pela assessoria na sexta-feira (9), a empresa "vem procedendo de acordo com as determinações do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo (CVS)". Além disso, foi montado um atendimento específico de SAC para pacientes que utilizaram o contraceptivo no período de julho de 2007 (época na qual os referidos lotes foram distribuídos no mercado) até a presente data. Os telefones disponíveis são 0800-194966 e 0800-7076684.

A EMS garantiu ainda que "vem prestando todas as informações aos órgãos regulatórios e com eles atuando na apuração dos fatos" e reiterou "que sempre pautou sua conduta baseada nas boas práticas de produção, qualidade e respeito ao consumidor e espera que esta situação seja esclarecida o mais rapidamente possível".





Fonte: G1

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