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Internacional
Domingo - 11 de Novembro de 2007 às 22:20

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Santiago - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou hoje que o rei da Espanha, Juan Carlos de Bourbon, aprovou o golpe de Estado do qual o mandatário foi vítima em 2002, porque supostamente o embaixador espanhol acompanhou o presidente golpista Pedro Carmona ao palácio. O golpe contra Chávez durou 48 horas, no início de abril de 2002. Ele foi reconduzido ao poder por populares e soldados. Chávez também disse hoje que o rei da Espanha lhe fez uma "grosseria" ontem, quando lhe mandou calar a boca.

A acusação de Chávez ocorre um dia após um bate-boca na sessão final da Cúpula Ibero-Americana, na qual o monarca espanhol mandou Chávez se calar, enquanto o mandatário venezuelano mantinha uma discussão com o primeiro-ministro socialista espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Chávez chamou o antecessor de Zapatero, o direitista José María Aznar, de "fascista".

Hoje, Chávez falou com os jornalistas na saída do hotel onde estava hospedado, antes de regressar à Venezuela. Segundo ele, o rei da Espanha começou o incidente. Logo após, disse: "Senhor rei, responda: O senhor sabia do golpe de Estado contra a Venezuela, contra o governo democrático, legítimo da Venezuela? Porque é muito difícil pensar que o embaixador espanhol estivesse no palácio apoiando os golpistas sem a autorização de sua majestade, porque o rei é quem dirige a política exterior na Espanha," declarou Chávez.

Não obstante, não pôde ser confirmada a versão de que efetivamente o embaixador espanhol tenha estado no palácio de governo com Carmona. Um jornalista da Associated Press presente aos fatos afirmou que não viu o embaixador espanhol no local.

Chávez disse esperar que o incidente em Santiago não prejudique as relações entre a Espanha e a Venezuela.




Fonte: AE-AP

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