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Internacional
Domingo - 11 de Novembro de 2007 às 19:08

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Istambul, 11 nov (EFE).- Os oito soldados turcos que tinham sido mantidos reféns no Iraque pelo grupo armado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram presos hoje sob as acusações de "desobedecer gravemente a disciplina militar" e "deserção em país estrangeiro", informou hoje a agência de notícias turca "Anadolu".

Os oito soldados tinham sido seqüestrados pelo PKK em combate em Daglica (junto à fronteira iraquiana), no qual 12 companheiros seus foram assassinados e outros 16 feridos. Eles foram libertados no norte do Iraque no domingo passado.

A libertação foi acompanhada de polêmica. Para negociá-la, foram deslocados ao país vizinho três deputados do partido nacionalista curdo da Sociedade Democrática (DTP), com 20 cadeiras no Parlamento turco, e apareceram em imagens assinando um documento aos militantes do PKK sobre uma mesa coberta com bandeiras propagandísticas.

Desde então, os oito soldados foram alvo de um processo de investigação militar ordinária, e a Justiça Militar decidiu ordenar a prisão deles.

Os familiares dos soldados, que ainda não puderam visitá-los, se queixaram, embora reconhecendo que as acusações "estão dentro da legalidade".

"Não deveria ter sido assim. As famílias estão desoladas. Não deveriam nos fazer viver este dor. Estamos muito mal, destroçados", declarou o irmão do soldado Halis Çagan, citado pela "CNN"-Türk", após falar com ele por telefone. Os soldados são acusados sob os artigos 100 e 101 do Código de Procedimento Criminal. Eles estão sendo defendidos pelo advogado Ramazan Korkmaz, que terá sete dias para apresentar recursos.




Fonte: EFE

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