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Internacional
Domingo - 11 de Novembro de 2007 às 11:03

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LAHORE, Paquistão - O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, disse neste domingo, 11, que espera que as eleições parlamentares sejam realizadas até o dia 9 de janeiro. Musharraf, no entanto, não estabeleceu uma data para a suspensão do estado de exceção no país, decretado por ele no sábado passado.

Durante sua primeira entrevista coletiva desde que impôs severas restrições no Paquistão, Musharraf disse que tanto a Assembléia Nacional, como as das províncias, serão dissolvidas nas próximas semanas.

O presidente pediu que a Comissão Eleitoral organize o pleito e disse que caberá à instituição determinar uma data exata para as eleições.

"Eu pediria que a Comissão Eleitoral realize as eleições o mais rápido possível, o que significa que se calcularmos de 45 a 60 dias a partir do dia 20 de novembro (quando as assembléias estarão dissolvidas), deveremos ter eleições antes de 9 de janeiro, data que coincide com o início do Moharram (mês de sacrifício para os muçulmanos)", disse Musharraf.

"Interesse nacional"

O presidente defendeu sua decisão de decretar o estado de emergência, insistiu não ter feito "nada de errado" e negou ter "violado a Constituição". "Desafio qualquer um a que mostre que em algum momento fui contra a Constituição", disse Musharraf em entrevista coletiva.

Musharraf disse que "assume a responsabilidade" por seus atos e que o estado de exceção "é do interesse nacional". "Foi a decisão mais difícil da minha vida", disse o presidente.

Musharraf disse que não vai interferir na organização das eleições e que as restrições impostas no país há oito dias são necessárias para que o pleito ocorra "dentro da normalidade" e para que o Exército continue com sua "luta contra o terror".

Bhutto

O líder paquistanês também sinalizou que pretende renunciar de seu posto de chefe das forças armadas, o que faria dele um presidente civil, mas também não precisou quando isto ocorrerá.

Segundo Musharraf, isto vai depender do tempo que a Suprema Corte vai levar para validar sua candidatura para as eleições ocorridas em 6 de outubro, das quais ele saiu vitorioso.

O presidente evitou responder perguntas de jornalistas sobre uma possível aliança que estava sendo negociada com a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto antes da imposição do estado de exceção.

Ao ser indagado por um dos repórteres estrangeiros sobre a crescente popularidade da ex-premiê - que assumiu a frente da campanha de oposição ao governo -, Musharraf disse que Bhutto não é popular no país. "Você não conhece o Paquistão", disse o presidente.




Fonte: BBC-EFE

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