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Cúpula Ibero-americana termina com compromissos sociais e confronto verbal
Santiago do Chile, 10 nov (EFE).- A 17º Cúpula Ibero-americana foi encerrada hoje em Santiago do Chile com a assinatura de acordos de cunho social e uma demonstração dos diferentes enfoques, atitudes políticas e sensibilidades que enfrentam alguns de seus dirigentes.
A presidente chilena e anfitriã, Michelle Bachelet, avaliou como "histórica" a reunião, "porque a Declaração de Santiago inovou em bastantes questões essenciais" de marcado caráter social, e foi acompanhada por um plano de ação com passos concretos para facilitar sua implementação.
Ela se esforçou, durante a entrevista coletiva final e diante das reiteradas perguntas dos jornalistas, para diminuir a importância e desvincular dos resultados da cúpula o confronto verbal protagonizado na última sessão plenária pelos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, com a delegação espanhola, que fez o rei Juan Carlos I abandonar a sala.
Bachelet disse que na América Latina "há diversidade na maneira de enfrentar muitas coisas" e "temos que respeitar nossa diversidade e manifestá-la com respeito".
"Não se deve dramatizar", afirmou.
O mais importante da cúpula de Santiago para Bachelet é que "pela primeira vez reconhecemos e concordamos em promover uma política de enfoque público" para garantir acesso universal aos serviços sociais.
Isso é necessário, porque "a experiência demonstra que o mercado não garante o acesso aos serviços sociais daqueles que não podem pagá-lo".
Ela lembrou que a América Latina tem 205 milhões de pessoas pobres.
Bachelet destacou o acordo para dar "um forte impulso" à educação em todas as suas vertentes e a aprovação do Convênio de Previdência Social Ibero-americano, "que poderá beneficiar mais de 5 milhões de imigrantes", e que permitirá que os trabalhadores da região possam acumular na aposentadoria todas suas contribuições independentemente do país ou países onde as tenham realizado.
Foram fechados outros acordos para facilitar a mobilidade de estudantes de pós-graduação e a igualdade de gêneros, e adotada a Carta Ibero-americana de Governo Eletrônico para consolidar a modernização da gestão pública e combater a corrupção.
Os líderes encomendaram ao secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, a tarefa de avaliar a possibilidade de estabelecer um Fundo de Coesão Ibero-americana e que convoque em breve uma reunião de especialistas nacionais para que estudar a possibilidade de estabelecer um dispositivo simplificado atendimento a emergências e contingências derivadas de desastres naturais.
Foi aprovado ainda o programa de Rede de Bancos de Leite Humano para que bebês prematuros ou desnutridos possam superar os riscos associados.
Segundo Bachelet, após a cúpula "nosso olhar é otimista porque, embora pareça difícil, é possível conseguir reduzir a pobreza substancialmente".
Para Enrique Iglesias, a reunião que terminou hoje em Santiago foi "a cúpula com melhor colheita" em sua experiência, com acordos concretos, como o Convênio de Previdência Social.
Ele também elogiou a decisão do Governo chileno de incorporar a novidade de uma reunião em particular dos estadistas, que propiciou na sexta-feira um intenso, longo e apaixonado debate entre os líderes longe das câmeras e de ouvidos indiscretos.
"O Governo chileno fez muito bem em permitir que isto aconteça", assinalou.
A idéia pareceu agradar o próximo anfitrião da cúpula, o presidente salvadorenho, Antonio Elías Saca. Ele afirmou que "os presidentes também têm direito a falar com liberdade e democracia".
"Não podemos esperar que todos pensem igualmente. O espaço de debate aberto em Santiago é algo que acho que vai permanecer", acrescentou.
Ela se esforçou, durante a entrevista coletiva final e diante das reiteradas perguntas dos jornalistas, para diminuir a importância e desvincular dos resultados da cúpula o confronto verbal protagonizado na última sessão plenária pelos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e da Nicarágua, Daniel Ortega, com a delegação espanhola, que fez o rei Juan Carlos I abandonar a sala.
Bachelet disse que na América Latina "há diversidade na maneira de enfrentar muitas coisas" e "temos que respeitar nossa diversidade e manifestá-la com respeito".
"Não se deve dramatizar", afirmou.
O mais importante da cúpula de Santiago para Bachelet é que "pela primeira vez reconhecemos e concordamos em promover uma política de enfoque público" para garantir acesso universal aos serviços sociais.
Isso é necessário, porque "a experiência demonstra que o mercado não garante o acesso aos serviços sociais daqueles que não podem pagá-lo".
Ela lembrou que a América Latina tem 205 milhões de pessoas pobres.
Bachelet destacou o acordo para dar "um forte impulso" à educação em todas as suas vertentes e a aprovação do Convênio de Previdência Social Ibero-americano, "que poderá beneficiar mais de 5 milhões de imigrantes", e que permitirá que os trabalhadores da região possam acumular na aposentadoria todas suas contribuições independentemente do país ou países onde as tenham realizado.
Foram fechados outros acordos para facilitar a mobilidade de estudantes de pós-graduação e a igualdade de gêneros, e adotada a Carta Ibero-americana de Governo Eletrônico para consolidar a modernização da gestão pública e combater a corrupção.
Os líderes encomendaram ao secretário-geral ibero-americano, Enrique Iglesias, a tarefa de avaliar a possibilidade de estabelecer um Fundo de Coesão Ibero-americana e que convoque em breve uma reunião de especialistas nacionais para que estudar a possibilidade de estabelecer um dispositivo simplificado atendimento a emergências e contingências derivadas de desastres naturais.
Foi aprovado ainda o programa de Rede de Bancos de Leite Humano para que bebês prematuros ou desnutridos possam superar os riscos associados.
Segundo Bachelet, após a cúpula "nosso olhar é otimista porque, embora pareça difícil, é possível conseguir reduzir a pobreza substancialmente".
Para Enrique Iglesias, a reunião que terminou hoje em Santiago foi "a cúpula com melhor colheita" em sua experiência, com acordos concretos, como o Convênio de Previdência Social.
Ele também elogiou a decisão do Governo chileno de incorporar a novidade de uma reunião em particular dos estadistas, que propiciou na sexta-feira um intenso, longo e apaixonado debate entre os líderes longe das câmeras e de ouvidos indiscretos.
"O Governo chileno fez muito bem em permitir que isto aconteça", assinalou.
A idéia pareceu agradar o próximo anfitrião da cúpula, o presidente salvadorenho, Antonio Elías Saca. Ele afirmou que "os presidentes também têm direito a falar com liberdade e democracia".
"Não podemos esperar que todos pensem igualmente. O espaço de debate aberto em Santiago é algo que acho que vai permanecer", acrescentou.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198981/visualizar/
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