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Nunca se tinha visto o rei da Espanha tão irritado em público
Santiago do Chile, 10 nov (EFE).- Nunca até agora se tinha visto o rei Juan Carlos I da Espanha tão irritado em público, mas os reiterados ataques do presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao ex-presidente do Governo espanhol José María Aznar provocaram uma reação insólita do monarca, quem, sem ter a palavra, lançou um furioso "Por que você não se cala?".
O monarca é o único chefe de Estado que assistiu a todas as 17 edições da cúpula. Nos dois dias anteriores em Santiago, ele defendeu a necessidade de promover a inclusão social - tema desta edição - para acabar com as desigualdades e tinha pedido a unidade para avançar juntos.
Esta manhã, os chefes de Estado e do Governo de 22 países estavam na última sessão plenária da 17ª edição da Cúpula Ibero-americana. Hoje, não estava previsto nenhum discurso do rei.
Em teoria, Juan Carlos I era um mais dos ouvintes na última reunião de trabalho. A seu lado, o atual presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, era o encarregado de defender os interesses da Espanha, se fosse necessário - como foi.
A tensão entre Espanha e Venezuela começou na sexta-feira, quando Chávez criticou o Aznar, chamando-o de "fascista". Zapatero pediu respeito com o antecessor por ter sido eleito democraticamente, e a Venezuela recebeu um chamado de atenção em particular por parte do rei.
Mas, no encerramento, o presidente venezuelano voltou às críticas.
Juan Carlos I, sentado entre Zapatero e o ministro do Exterior, Miguel Ángel Moratinos, escutava os discursos sério e com gesto de desgosto. Quando viu que o venezuelano interrompia mais uma vez a fala de Zapatero, se debruçou para mandar Chávez se calar.
Este depois defendeu o direito de seu país a responder no momento oportuno.
Chávez foi defendido pelo presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
Nesse momento, o monarca espanhol, em um gesto sem precedentes, levantou-se e deixou o plenário irritado, em protesto pelo que considerou como ataques à Espanha.
Em uma primeira reação, o presidente do Peru, Alan García, que foi um dos primeiros a deixar a Cúpula, manifestou solidariedade a Juan Carlos I. Outros chefes de Estado, como o colombiano, Álvaro Uribe, aplaudiram a perseverança do rei, que em janeiro completa 70 anos.
O papel de "ator relevante" na história das cúpulas ibero-americanas, foi dado ao rei ontem pela anfitriã Michelle Bachelet, no jantar que ela ofereceu em homenagem aos chefes de Estado e de Governo. Mas hoje, tal papel tomou um rumo diferente, muito longe do trabalho conciliador que o monarca quer exercer na América Latina.
Ao deixar Santiago, o chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, garantiu que o confronto verbal de hoje não terá repercussões, embora reconheça que foi um momento "muito difícil política e diplomaticamente".
Por enquanto, a conseqüência certa é que o rei Juan Carlos I saiu de Santiago do Chile com uma lembrança sem dúvida amarga do encontro.
O monarca é o único chefe de Estado que assistiu a todas as 17 edições da cúpula. Nos dois dias anteriores em Santiago, ele defendeu a necessidade de promover a inclusão social - tema desta edição - para acabar com as desigualdades e tinha pedido a unidade para avançar juntos.
Esta manhã, os chefes de Estado e do Governo de 22 países estavam na última sessão plenária da 17ª edição da Cúpula Ibero-americana. Hoje, não estava previsto nenhum discurso do rei.
Em teoria, Juan Carlos I era um mais dos ouvintes na última reunião de trabalho. A seu lado, o atual presidente do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero, era o encarregado de defender os interesses da Espanha, se fosse necessário - como foi.
A tensão entre Espanha e Venezuela começou na sexta-feira, quando Chávez criticou o Aznar, chamando-o de "fascista". Zapatero pediu respeito com o antecessor por ter sido eleito democraticamente, e a Venezuela recebeu um chamado de atenção em particular por parte do rei.
Mas, no encerramento, o presidente venezuelano voltou às críticas.
Juan Carlos I, sentado entre Zapatero e o ministro do Exterior, Miguel Ángel Moratinos, escutava os discursos sério e com gesto de desgosto. Quando viu que o venezuelano interrompia mais uma vez a fala de Zapatero, se debruçou para mandar Chávez se calar.
Este depois defendeu o direito de seu país a responder no momento oportuno.
Chávez foi defendido pelo presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
Nesse momento, o monarca espanhol, em um gesto sem precedentes, levantou-se e deixou o plenário irritado, em protesto pelo que considerou como ataques à Espanha.
Em uma primeira reação, o presidente do Peru, Alan García, que foi um dos primeiros a deixar a Cúpula, manifestou solidariedade a Juan Carlos I. Outros chefes de Estado, como o colombiano, Álvaro Uribe, aplaudiram a perseverança do rei, que em janeiro completa 70 anos.
O papel de "ator relevante" na história das cúpulas ibero-americanas, foi dado ao rei ontem pela anfitriã Michelle Bachelet, no jantar que ela ofereceu em homenagem aos chefes de Estado e de Governo. Mas hoje, tal papel tomou um rumo diferente, muito longe do trabalho conciliador que o monarca quer exercer na América Latina.
Ao deixar Santiago, o chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos, garantiu que o confronto verbal de hoje não terá repercussões, embora reconheça que foi um momento "muito difícil política e diplomaticamente".
Por enquanto, a conseqüência certa é que o rei Juan Carlos I saiu de Santiago do Chile com uma lembrança sem dúvida amarga do encontro.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/198989/visualizar/
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