Seca leva feijão a pico de preço em 15 anos
A alta de preço apenas na primeira semana de novembro quase atingiu a valorização que o produto teve durante todo o mês de outubro, quando o feijão acumulou aumento de 35,5%, passando de R$ 91,16 a saca para R$ 123,52, segundo pesquisa do Instituto de Economia Agrícola (IEA).
Para Vandir, a valorização decorre da escassez do produto, cuja produção foi prejudicada pela longa estiagem que afetou o Estado. "Tivemos 90 dias de seca e muitos produtores tradicionais deixaram de plantar", disse. Aqueles que haviam arriscado o plantio de sequeiro, em agosto, na expectativa das chuvas, perderam a semente e o preparo do solo.
Na região, maior produtora do Estado, a área de plantio caiu 50%. Apenas no município de Itapeva, a área cultivada com feijão baixou de 9 mil hectares para 6 mil em comparação com a safra das águas do ano passado. "Como não houve clima para o plantio do feijão, os produtores foram direto para as culturas de milho e soja", explicou Vandir.
Consumidor
Nos supermercados, o preço do feijão novo para o consumidor já chega a R$ 4 o quilo. A valorização do produto, no entanto, tem pouco efeito sobre a renda dos agricultores em geral. É que apenas aqueles que investiram em sistemas de irrigação conseguiram bom resultado na colheita. Em compensação, arcaram com um custo maior de produção.
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