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Internacional
Sexta - 09 de Novembro de 2007 às 13:34

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Fortes combates entre forças insurgentes e tropas da Etiópia que apóiam o frágil governo da Somália deixaram pelo menos 50 mortos e mais de 100 feridos nas últimas 24 horas na capital Mogadiscio. Tanques etíopes baseadas no antigo Ministério da Defesa no sul da capital fizeram disparos de canhões contra o principal mercado da cidade, Bakara, matando oito civis. Dois foram mortos por atiradores de elite e outros seis morreram quando os bombardeios atingiram suas casas. Os corpos de 34 pessoas, entre elas quatro mulheres e seis etíopes, foram encontrados nas regiões sul e norte de Mogadiscio, onde os combates eram intensos.

A capital não tem tido paz desde dezembro, quando forças especiais dos Estados Unidos e tropas da Etiópia expulsaram do poder o grupo Conselho das Cortes Islâmicas. Apenas este ano, milhares de somalis foram mortos em combates entre tropas etíopes e insurgentes islâmicos que recorreram a uma guerrilha do estilo iraquiana depois que foram expulsos da capital. Mais de 100 mil moradores já abandonaram a cidade.

O porta-voz da presidência, Hussein Mohamed Mohamud, disse que os insurgentes serão tratados sem piedade. "O objetivo deles é apresentar a luta como uma guerra entre etíopes e somalis. Longe disto", afirmou. "A luta é entre tropas do governo e seus amigos etíopes e, por outro lado, os que odeiam a paz. Quem ferir tropas etíopes ou somalis será tratado como traidor", adiantou.

Os recentes combates tiveram início na tarde de ontem quando tropas etíopes tentaram resgatar o corpo de um de seus soldados que havia sido morto numa escaramuça com insurgentes no sul da cidade. Mas centenas de manifestantes - a maioria mulheres e crianças - gritando slogans contra a Etiópia arrastaram o corpo pelas ruas da cidade. Tropas etíopes baseadas no sul da cidade fizeram então disparos de artilharia contra a parte norte, atingindo o mercado.

Médicos em hospitais informaram que mais de 100 civis foram tratados com ferimentos de disparos desde ontem. A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras disse que a violência é tamanha em Mogadiscio que civis eventualmente feridos pelos combates têm sangrado até a morte por ser impossível levá-los a hospitais.





Fonte: AE-AP

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